31 agosto 2010

13º RAPolitizando a Periferia

Fonte: Portal Mulheres no Hiphop


"RAPolitizando a Periferia”,
evento que acontece a mais de dez anos no Centro Cultural
Orunmilá visando expandir o movimento Hip Hop e sua
expressão poético-musical, através de bate-papo,
palestras, entrevistas e discussões.

O hip hop vem cresceu muito entre adolescentes e jovens das periferias do Brasil. Grupos de Rap começaram a surgir nas
cidades, expandido o modo de ser, de vestir, de falar e,
particularmente, de contestar com poesia ritmada, a
opressão, o racismo, a desigualdade e a repressão policial contra os moradores da periferia e das favelas.

Neste ano, o RAPolitizando a Periferia trouxe o tema: "Mulheres no Hip Hop" com a participação de Lunna que é rapper, produtora cultural, fundadora do Portal Mulheres no Hip Hop e Membro da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop.

O evento terá Palestra, Oficina, Debates e apresentações artisticas.

O RAPolitizando já contou com presença consagradas como Kl
Jay, MV Bill, RZO, Negra Li, CXA, Robson MC, DMN, Mano
Brown, Dú Bronx,Dom Pixote, entre outros.

Quando: 18/09/10
Onde: Rua Rafael Defina, nº 43 - Ribeirão Preto / SP

Informações: (16) 3974-7478
       

Projeto 100% Favela comemora 10 Anos

MV Bill na Malhação.

MV Bill é o mais novo ator do seriado da globo que estreiou sua nova temporada dia 23. Esta nova temporada de Malhação estreia com o intuito de aprofundar a abordagem social.
O convite ao rapper foi feito pelo diretor do seriado Ricardo Waddington e pelo autor Emanuel Jacobina, MV Bill se mostrou surpreso ao convite, chegando a acreditar que a proposta havia sido  endereçada à pessoa errada, ou que o programa estivesse errado.
Ao contrário de muitos rappers, MV Bill tem uma relação boa com a mídia e sempre propôs mudanças, segundo ele seria uma contradição não aceitar o convite da emissora.
MV Bill interpretará o professor de física e matemática Antônio, será viuvo e pai de uma filha.
Do Portal Rap Nacional


Bom,
Sou uma grande admiradora do trabalho de MVBill...
Acho que a participação dele na mídia é importantissima para o rap, pois até então não havia, aparentemente, mudado seu conteúdo.
A exibição de Falcão no Fantástico e até as apresentações de Bill na Gobo como no Programa do Faustão foram excelentes, um grande exemplo de como quebrar o sistema por dentro.
Mas e agora? Fico preocupada com o q vem pela frente.
Ir para a Malhação não é o problema, considerando que a população jovem da periferia ve Malhação todos os dias. O problema é o que ele vai fazer lá? Vai ser mais um "Mauricinho da TV" ? ou vai representar de fato a juventude da periferia?

Centenário!

O Timão estará comemorando 100 Anos no próximo 1º de Setembro! 
Fica ligad@ nas festividades de comemoração!

A Festa começa hoje {31/08} às 19h30 com o Show da Virada no Vale do Anhangabaú. Participaçao de Xis, Rappin Hood, Paula Lima, Negra Li, Ronaldo e os Impedidos, Badauí e Japinha, Bateria Unificada das Torcidas, Maria Cecília & Rodolfo e Exaltasamba.
 
Além da queima de fogos que será realizada por toda Fiel torcida na hora da virada do dia 31/08 para o dia 01/09.

  Segundos antes da virada, acontecerá uma contagem regressiva e show pirotécnico (simultaneamente em 5 pontos da cidade)

1º de Setembrooo!
 
Dia do Corinthians – Vá trabalhar ou estudar com a camisa do Corinthians, pendure sua bandeira na janela, no portão, no carro. Encontre sua forma de homenagear o Timão.

Programação:
- 17:00 - Concentração na Sede dos Gaviões da Fiel;
- 18:00 - Caminhada até o Marco da Fundação;
- 19:10 - Inauguração do novo Marco da Fundação (leve seu lampião e sua bandeira);
- 20:00 - Carreata e caminhada até o Parque São Jorge;
- 22:00 - Abraço Fiel no clube.

Aqueles que não tiverem transporte, os Gaviões da Fiel irão disponibilizar ônibus.
 
Pra saber mais visite o site da Gaviões da Fiel  
Pra

25 agosto 2010

Ainda Vou Ver Esse Império Cair!

EUA podem estar a caminho de uma recaída na recessão

O Índice Dow Jones Industrial, da maior bolsa de Nova York, recuou 1,32% nesta terça-feira (24) devido ao mau humor dos investidores com as últimas notícias sobre a venda de imóveis usadas nos Estados Unidos, que despencaram 27,2% em julho, descendo ao menor nível desde maio de 1995.
 

O fato é interpretado por muitos observadores como um sinal de que a maior economia capitalista do mundo pode estar a caminho de uma nova recessão. O Ibovespa acompanhou a tendência e caiu 1,25%, para 65.156 pontos, o menor nível de fechamento em cinco semanas. 

 Nova ordem mundial

A economia norte-americana padece de fortes desequilíbrios e vive um processo histórico de declínio cuja contrapartida é a ascensão vertiginosa da China, que já é a primeira do mundo em exportação de mercadorias e se cacifa agora como grande investidora internacional.

A (lenta) queda do império está associada à baixa taxa de poupança e ao gigantesco parasitismo de Tio Sam, refletido na chocante dependência de capitais estrangeiros para financiar o apetite aparentemente insaciável por produtos importados. A crise impulsiona o desenvolvimento desigual das nações, favorecendo (até agora) a China e outros emergentes, e reforça, com isto, a necessidade de organizar uma nova ordem econômica e política mundial, na qual o papel do dólar e dos EUA certamente já não será o mesmo.

Leia na íntegra o texto de Humberto Martins no Vermelho

 

20 agosto 2010

Mr. Burns

LUIZA, sem perder a ternura


Conheci LUIZA CORDEIRO em 1976, quando cheguei a Guarulhos para trabalhar na Folha Metropolitana. Vim do ABC, onde trabalhava no jornal do mesmo grupo, que encerrou as atividades. Mas considero-me guarulhense nato, pois nasci na capital paulista, mas morei em uma chácara em Gopoúva dos primeiros meses de vida até os seis anos, quando fui morar em São Bernardo do Campo e depois em Mauá.

Vim trazido pelo editor-chefe da Folha, Onofre Leite, a quem a imprensa local e a cidade muito devem. Deram-me o cargo de editor de política. Com a mania de fazer tudo passei a coordenar o suplemento Folha Literária e publicar semanalmente à coluna No Mundo da Música Sertaneja.

Conheci pessoas como Edinaldo Couto, Ciça Lima, Gilmar Lopes, Valdeli, Nelson Alves de Carvalho, Orlando Ramos, e outras que muito contribuíram comigo e com a vida cultural e política da cidade.

Nosso ponto de encontro era o Greguinho, bar situado na esquina da Rua Capitão Gabriel com o calçadão da Faculdade Farias Brito, hoje Universidade de Guarulhos, ao lado da Matriz, hoje Catedral. O ponto era também freqüentado por estudantes, uma juventude disposta a sanar os males do País e do mundo. Eram os tempos da ditadura militar que em breve terminariam. Luiza Cordeiro fazia parte desse universo.

Era estudante de Geografia e Estudos Sociais e escrevia poemas. Sua poesia tinha os pés fincados no seu chão natal, Mato Grosso que ainda não era do Sul. Seu ideal subia ao infinito, vislumbrando um mundo sem fronteiras, com paz e justiça. Lutava por reformas no Ensino, melhoria na Faculdade e o direito de estudo para todos, independente da condição social. Fazia parte de uma geração rebelde e contestadora, mas amorosa.
Seu ideal era a paz, não a guerra. Seguia, talvez, as palavras atribuídas a Che Guevara: "Há que endurecer sem perder a ternura."

Formou-se e começou a dar aulas. Muita gente em Guarulhos gaba-se de ter sido seu aluno, e não esquece seu jeito de ensinar, ultrapassando o programa escolar, incentivando os alunos a buscar seu sonho. Mais do que fazer portadores de diploma, queria fazer cidadãos íntegros, capazes de formar uma Sociedade mais fraterna.

Elegeu-se vereadora e se reelegeu várias vezes. A cidade passou por muitas crises, denúncias de irregularidade, e ela manteve-se coerente com seus princípios, na Oposição ou na Situação. Lutando sempre em defesa Educação, Cultura, Meio Ambiente, e dos direitos fundamentais do cidadão. No Plenário apresentando projetos úteis e examinando criteriosamente os projetos do Executivo e dos colegas, na Tribuna defendendo com afinco seus pontos de vista, no Gabinete atendendo, dentro do possível a todos os que a procuram, sem perguntar em quem votaram nas últimas eleições.

LUIZA CORDEIRO é candidata a deputada estadual (PCdoB-65.033). É a minha candidata. Quero ser representado na Assembléia Legislativa por alguém íntegra, coerente, e humana. Alguém capaz de se emocionar, sofrer pelos que sofrem e chorar, como já me confessou, que seja capaz de lutar pelos seus princípios e enfrentar desafios. Sem perder a ternura.

Castelo Hanssen
Presidente da Academia Guarulhense de Letras

01 agosto 2010

Aborto

Cuba é o único país da América Latina que legalizou o aborto

Por incrível que pareça, na época em que vivemos, o aborto é legal em apenas um país da América Latina, Cuba. Cinco países – Chile, El Salvador, Honduras, Nicarágua e República Dominicana – o proíbem em qualquer circunstância, até quando a vida da mãe está em perigo. Uma lei que torna o aborto legal na Cidade do México está sendo atacada pela Igreja Católica Romana.

Mas o aborto não é o único problema dos direitos da mulher na América Latina. Embora muitos governos da região se descrevam como progressistas, as vidas cotidianas de milhões de mulheres na América Latina continuam atoladas na pobreza, dominação masculina e discriminação por causa da negligência nas reformas sociais e medidas legais.

Ainda assim, a votação argentina que permitiu os casamentos entre pessoas de mesmo sexo é uma espécie de revolução social – um sinal possível de que talvez a campanha pelos direitos das mulheres possa estar por perto. O passado recente e turbulento da Argentina e a opressão e perseguição brutal de gays e lésbicas não indicavam em hipótese alguma a nova posição mundial da nação da Patagônia, como defensora de seus direitos.

Há algumas décadas, durante a “guerra suja”, depois do golpe militar de março de 1976, bares gays de Buenos Aires foram fechados, e mais de mil homens gays foram perseguidos, presos, sequestrados, torturados e mortos. As histórias de centenas de milhares de “desaparecidos” – gays e heterossexuais – assombram o país ainda hoje.

Desafio à religião

Fora da cosmopolita Buenos Aires, esta é uma região onde a homossexualidade ainda é um tabu, geralmente vista como pecado mortal, uma abominação, uma piada cruel e um motivo aceito para o ostracismo social. É uma região onde os insultos contra os gays e lésbicas estão entre as coisas mais odiosas que se pode dizer sobre um homem ou uma mulher, e onde os meninos que demonstram o que se considera como maneirismos efeminados são condenados à zombaria e ao isolamento.

Nesse cenário, o avanço dos gays na Argentina pode abrir o caminho para outras nações que antes eram repressoras, como o vizinho Chile. Por enquanto, com apenas o Canadá no continente americano, a Argentina se juntou a um punhado de países europeus, incluindo a Espanha, Portugal, Bélgica e a Holanda. É notável que três países fortemente católicos – Argentina, Espanha e Portugal – tenham desafiado a religião e a tradição social para levantar esse assunto incômodo e controverso, visto por alguns no Ociente como a batalha dos direitos humanos da nossa época.

A lei argentina tem distinções notáveis: ela foi aprovada por uma pequena margem e, nesse momento, aplica-se apenas a cidadãos argentinos. Gays e lésbicas estrangeiros que planejam se casar na Argentina estão sem sorte. Mais significativamente, a lei superou uma oposição amarga das igrejas Católica Romana, Mórmom e evangélica, às quais pertence a maioria da população.

Questões em impasse

Não está certo se outros países do hemisfério irão seguir o exemplo. Até o Brasil, conhecido por sua tolerância a diferentes estilos de vida, está relutante. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil apoia a legalização das uniões civis, mas as medidas legislativas não foram aprovadas.

A Cidade do México era até agora a primeira jurisdição na América Latina a permitir que gays e lésbicas se casem e adotem filhos, uma lei que foi adotada em dezembro de 2009. Embora muitos ativistas tenham comemorado, poucas pessoas acreditam que as tendências liberais da cidade se espalharão para estados mais tradicionais do México extremamente católico.

No Chile, o governo planeja propor uniões civis limitadas, mas não tem planos para ir mais adiante. O Uruguai e a Colômbia têm união civil, mas o casamento gay não está em pauta. A maioria dos países da América Central é contra os direitos dos homossexuais, exceto provavelmente pela Costa Rica, que está considerando algum tipo de garantias civis.

O exemplo cubano

Mais interessante, talvez, seja Cuba. Nas primeiras décadas da revolução de Fidel Castro – conforme documentaram filmes e livros –, os gays e lésbicas não eram bem-vistos pelo governo, nem pela sociedade. Mas hoje os homossexuais podem andar e falar abertamente – graças em grande parte à filha do presidente Raúl Castro, Mariela Castro.

Aos 47 anos, Mariela é chefe do Centro Nacional para Educação Sexual de Bua e sempre foi uma defensora ferrenha dos direitos para gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. “Para mim, a identidade e a orientação sexual é um direito humano”, disse ela à revista alemã Der Spiegel numa entrevista deste mês.

Ela e outros ativistas, com o apoio tácito do governo de seu pai, ajudaram a atenuar as atitudes em relação aos gays. Mariela apresentou recentemente um projeto de lei para legalizar as parcerias homossexuais – e teve o apoio de seu pai, disse. Mas retirou a proposta sob os ataques da Igreja Católica e alguns órgãos do governo.

Califórnia

Nos Estados Unidos, os eleitores da Califórnia e outros estados proibiram os casamentos entre pessoas de mesmo sexo. Só o Distrito de Colúmbia e cinco estados, quatro deles em New England (o quinto é Iowa), legalizaram os casamentos gays.

“A chave da conquista dos direitos humanos na Argentina foi a forte liderança dos legisladores e da presidente. É hora de vermos as autoridades que elegemos se levantarem pela Constituição e todas as famílias”, diz Evan Wolfson, diretor-executivo da organização Freedom to Marry. “Os Estados Unidos devem liderar, e não ficar para trás, no que diz respeito ao tratar a todos igualmente diante da lei.”

O presidente Barack Obama agiu para retirar a política de “não pergunte, não conte” dos militares, que retirou milhares de gays e lésbicas das forças armadas. O presidente conseguiu o apoio de altos funcionários militares, e parece possível que eventualmente os militares acabem com a política discriminatória.

Embora o casamento de pessoas do mesmo sexo seja um dos temas mais quentes das guerras culturais nos EUA, o presidente e a maioria dos políticos pisam em ovos em relação ao assunto. Alguns, como Obama, apoiam a união civil, mas não o casamento gay. Algumas pesquisas mostram que uma maioria esquálida de pessoas nos Estados Unidos apoiam o casamento de pessoas do mesmo sexo.

De qualquer maneira, o assunto inflama emoções profundas e, assim como o aborto, irá eventualmente acabar na Suprema Corte dos EUA. Para esse verão, os homossexuais e simpatizantes dos EUA podem se confortar com The Kids Are All Right, o primeiro filme hollywoodiano de massa a retratar um casal de lésbicas com filhos – uma família norte-americana moderna.

Da Redação, com informações do International Herald Tribune