19 julho 2011

Desabafo…. UNILA: Garantir a liberdade pelos compromissos assumidos com a América Latina

 

Sou uma a mais entre os mais de 400 estudantes da segunda turma que chegaram a Foz do Iguaçú este ano para estudar na Universidade Federal da Integração Latino-Americana; somados a primeira turma somos aproximadamente 600 estudantes de 7 nacionalidades distintas que deixaram suas vidas e suas casas a fim de acumular conhecimento para contribuir com o desenvolvimento dessa região denominada de América Latina. Nesse sentido, entristece-me ver alguns fatos ocorridos no espaço da vida universitária, que necessito publicizar.

Nos deparamos com uma universidade em construção, natural portanto, esperar equivocos na elaboração da universidade. Passamos já durante as aulas pela construção das grades definitivas dos cursos e do espaço físico da universidade que hoje funciona num espaço antidemocratico e excludente, principlamente com relação à comunidade de Foz do Iguaçú. Diante desse quadro, me questiono e aos demais que possam ler essa mensagem, pq diante de tantas questões importantes referentes a universidade, alguns  se preocupam mais com as práticas da vida cotidiana dos estudantes do que com essas questões?

Observamos desde o ínicio de nossa chegada, uma perseguição principalmente na Moradia II onde resido. Apenas para constar, até hoje (desde abril), não sabemos ao certo como é o vínculo da UNILA com o Hotel Kacique Salvatti onde se instalou a moradia. Não há documento algum (ou está sendo omitido a nós) que falem sobre esse vinculo, não sabemos se o Hotel foi alugado ou se estamos ali como hóspedes, oq ue vem causando conflitos diretos com o dono do Hotel. A questão da regularidade dessa moradia é incerta e complexa, aqui ficarei apenas nesse esboço superficial, pois como disse não há documento oficial algum para poder basear essa discussão.

O assunto que quero tratar aqui especificamente, diz respeito há um fato ocorrido hoje, dia de prova final da disciplina de América Latina, onde poucos – para não dizer nenhum – estudante se faz presente na moradia. O Sr. Elias, assistente social da UNILA, foi visto acompanhado de mais dois individuos fotografando um quarto da moradia na ausencia de seus ‘moradores’. A pergunta que se faz presente e me inquieta é: com que autoridade essa ação foi possível? Apesar de tudo e qualquer coisa, é naquele espaço que residimos, fazemos dele nosso lugar e lá estão nossos objetos pessoais bem como nossas manifestações mais intimas expressas pela rebeldia da juventude inclusive com nossas marcas nas paredes…

Não tenho nesse momento muita capacidade lógica na escrita pela indignação que me enche o peito, porém gostaria de compreender em que argumento legal se baseia a referida ação e qual a justificativa da mesma, visto principalmente que os residentes daquele espaço não se encontravam presentes…

Nossos anseios e objetivos nessa universidade não podem e nem serão travados por esse tipo de ação, mas é importante lembrar que toda ação gera a reação, e sinceramente, espero que tenhamos explicações lógicas sobre esse e outros fatos ocorridos a fim de poder nos preocupar apenas com os compromissos academicos sem qualquer tipo de perseguição e violação da liberdade.

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