11 outubro 2011

1º Encontro Mundial de Blogueiros

Programação:


27 de outubro – quinta-feira:


19 horas – abertura oficial do evento no Centro de Recepção de Visitantes (CRV) de Itaipu

- Coquetel e iluminação da barragem de Itaipu



28 de outubro – sexta-feira


9 horas – Debate: “O papel das novas mídias”

- Ignácio Ramonet – criador do Le Monde Diplomatique e autor do livro “A explosão do jornalismo”;

- Kristinn Hrafnsson – porta-voz do WikiLeaks;

- Dênis de Moraes – autor do livro “Mutações do visível: da comunicação de massa à comunicação em rede”;

- Luis Nassif – jornalista e blogueiro;

* Mesa dirigida por Natalia Vianna (Agência Pública) e Tatiane Pires (blogueira do RS)



14 horas – Painel: “Experiências nos EUA e Europa”

- Pascual Serrano – blogueiro e fundador do sítio Rebelión (Espanha);

- Amy Goodman – diretora do Democracy Now (EUA) [*]

- Jillian York – blogueira, colunista do Huffington Post, Guardian e da TV Al Jazeera (EUA);

* Mesa dirigida por Renata Mielli (Barão de Itararé) e Altino Machado (blogueiro do Acre);



16 horas – Painel: “Experiências na Ásia e África”.

- Ahmed Bahgat – blogueiro e ativista digital na “revolta do mundo árabe” (Egito);

- Atanu Dey – blogueira da Índia e especialista em Tecnologia da Informação (Índia);

- Pepe Escobar – jornalista e colunista do sítio Ásia Times Online (Japão);

- Mar-Jordan Degadjor – blogueiro e diretor da ONG África para o Futuro (Gana);

* Mesa dirigida por Renato Rovai (Altercom) e Sérgio Telles (blogueiro do Rio de Janeiro);



Dia 29 de outubro – sábado:


9 horas – Painel: “Experiências na América Latina”.

- Iroel Sánchez – blogueiro da página La Pupila Insomne e do sítio CubaDebate (Cuba);

- Osvaldo Leon – editor sítio da Agência Latinoamericana de Informação – Alai (Equador);

- Martin Becerra – professor universitário e blogueiro (Argentina);

- Jesse Freeston – blogueiro e ativista dos direitos humanos (Honduras);

* Luis Navarro (Editor do jornal La Jornada – México)

* Martin Granovsky (Editor Especial do jornal Página 12 – Argentina)

* Mesa dirigida por Sérgio Bertoni (blogueiro do Paraná) e Cido Araújo (blogueiro de São Paulo);



14 horas – Painel: “As experiências no Brasil”

- Leandro Fortes – jornalista da revista CartaCapital, blogueiro e da comissão nacional do BlogProg;

- Esmael Moraes – criador do blog do Esmael.

- Conceição Oliveira – criadora do blog Maria Frô e tuiteira.

- Bob Fernandes – editor do sitio Terra Magazine [*];

* Mesa dirigida por Maria Inês Nassif (Carta Maior) e Daniel Bezerra (blogueiro do Ceará);



16 horas – Debate: A luta pela liberdade de expressão e pela democratização da comunicação.

– Paulo Bernardo – ministro das Comunicações do Brasil [*];

- Jesse Chacón – ex-ministro das Comunicações da Venezuela;

- Damian Loreti – integrante da comissão que elaborou a Ley de Medios na Argentina;

- Blanca Josales – ministra das Comunicações do Peru;

* Mesa dirigida por Julieta Palmeira (associação de novas mídias da Bahia) e Tica Moreno (blogueiras feministas);



18 horas – Ato de encerramento.

- Aprovação da Carta de Foz do Iguaçu (propostas e organização).

[*] Os nomes com asteriscos ainda não estão confirmados.

09 outubro 2011

Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer as vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
TANTO FAZ NÃO SATISFAZ O QUE PRECISO
... Além do mais, quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou;
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.
cuida de mim enquando ñ me esqueço de vc
cuida de mim enquando finjo que sou quem eu queria ser.

(Teatro Mágico)

30 setembro 2011

Reitoria Ocupada!

 

Foz do Iguaçu, 30 de setembro de 2011 - 14h22 - Muito Calor!

Estudantes dos 12 cursos de graduação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana ocupando o prédio da reitoria.

Pauta Principais(resumidamente):
-Laboratórios para os cursos de Engenharia Civil, Eng. de Energias Renováveis e Ciên. Biológicas;
-Contratação de Professores (alguns cursos estão sem aulas em determinadas materiais desde o início do semestre por falta de professores);
-Apresentação da grade definitiva dos cursos, com participação dos estudantes em sua elaboração.

Por iniciativa dos cursos que necessitavam de laboratórios e posterior agregação de estudantes de todos os cursos, a reitoria está ocupada desde às 9h00, esperando um comprometimento da reitoria de resolução objetiva dessas questões.

Mais notícias a qualquer hora! haha

17 setembro 2011

Capivariando

Estar de férias é viver e cantar?
Então sim, estamos de férias
Não nos olhe com esse olhar de reprovação
Você tbm queria viver a cantar
Nesse mundo onde todos procuram sobreviver
Escolhemos viver
Viver e cantar
Viver, cantar e capivariar

Mas sem esquecer de nosso lugar
Nossos lugares...
...cercados de luta e suor
Aqui vivemos, e escolhemos nossas armas para lutar
A caneta, o papel e o violão
Não ridicularize nosso sonho
Nosso sonho e nossa luta
Continuaremos a lutar para que tod@s nós possamos viver assim
à cantar
Viver , cantar e capivariar

10/09/11

09 agosto 2011

O colonialismo cultural

 

Luiz Carlos Bresser-Pereira

Folha de S.Paulo, 01.08.11


A formação de professores e pesquisadores no Brasil está ocorrendo conforme a agenda e os interesses dos países ricos e influentes


De que tipo de economistas o Brasil precisa? De economistas que pensem de acordo com os problemas e interesses nacionais ou conforme a agenda e os interesses dos ricos?

Faço essa pergunta ao verificar que hoje o padrão de qualidade do ensino e da pesquisa aceito pela "comunidade acadêmica" é definido pelas revistas estrangeiras.

Ao fazermos isso, estamos formando professores e pesquisadores alienados dos interesses nacionais, estamos praticando uma violência contra a nação brasileira.

Para que uma nação seja forte, precisa dominar a ciência e a tecnologia, o que permitiu que os primeiros países que se industrializaram se tornassem ricos e poderosos.

Para isso, países como o Brasil, cuja revolução capitalista foi retardatária, precisam contar com universidades capazes de absorver a ciência e a tecnologia estrangeiras.

Não é, porém, com esse tipo de argumentação que se pode explicar o fato de que no Qualis -o sistema de qualificação de periódicos da Capes que serve para avaliar a produção acadêmica- não haja sequer uma revista nacional de economia classificada como A.

Se a teoria econômica fosse uma ciência natural e exata como é a física, não haveria problema aí. Mas a economia é uma ciência social, é uma ciência que busca compreender como as sociedades modernas produzem e distribuem riqueza.

É uma ciência imprecisa porque os homens não são autômatos previsíveis e é sempre marcada pela ideologia, pois os interesses que envolve são muito grandes.

Pretender transformá-la em uma ciência matemática é pura arrogância, o que leva à desregulamentação dos mercados e abre espaço para baixo crescimento e crises.

A economia é uma ciência que sempre refletiu interesses nacionais. E os países ricos sempre a usaram para "empurrar a escada" dos retardatários, ou seja, para convencê-los a adotar políticas que consultam seus interesses nacionais.

Não obstante isso, os artigos publicados por pesquisadores em revistas brasileiras obtêm uma pontuação nas avaliações da Capes muito menor do que os publicados em revistas estrangeiras.

A participação das revistas nacionais na classe A é zero. O que estamos dizendo aos jovens brasileiros com essa política?

Que pautem suas pesquisas e sua forma de pensar pelos padrões dos países ricos nossos concorrentes. "Mas é mais difícil publicar em uma revista estrangeira", dizem-nos.

Claro que é em algumas revistas, mas não é esse o critério. Ao Brasil, o que interessa são economistas que saibam analisar e propor soluções para os problemas brasileiros.

Quando revelo à Capes minha indignação com o colonialismo cultural, dizem-me que estão traduzindo a visão da comunidade acadêmica.

Mas quem "consagra" tal monstruosidade é o Estado brasileiro, que existe não para traduzir, mas para afirmar valores.

Para resolver esse problema, a Capes deveria estabelecer para as ciências humanas um porcentual mínimo de periódicos nacionais A.

Não precisa ser um percentual alto como o da história. Um número em torno de 20% como é o caso da antropologia é aceitável. Inaceitável é o que ocorre na economia.



Luiz Carlos Bresser-Pereira
Globalization and Competition
Published in French (La Découverte),
Portuguese (Campus)
and English (Cambridge University Press)
www.bresserpereira.org.br.

27 julho 2011

SALVE A FAVELA


RESISTENCIA DAS RESISTENCIAS

COTIDIANAMENTE

COEXISTIR COM TURBULENCIAS

SOMOS O POVO

QUE A IGNORANCIA OPRIMIU

SOMOS O POVO

NUNCA SEREMOS O BRASIL

NÃO HÁ LIMITES NEM BARREIRAS

ESTAMOS SEMPRE EM AÇÃO

CUIDAMOS DO NOSSO LUGAR

PARA MUDAR AS CONDIÇÃO

É TUDO NOSSO , SEM PRECONCEITO

NÃO SOMOS SÓ BRASIL

TEM FAVELA NO MUNDO INTEIRONOSSA CULTURA

TEM O RESPEITO COMO UNICA DISCIPLINA

E O AMOR

PARA MANTER A SINTONIA.

É SEM MALDADE

MAS NÃO É PERFEITO

POIS SO LUTAMOS

PARA VIVER DO NOSSO JEITO.

 

(BERNARDO DE PAULA SANTOS)

25 julho 2011

ja nao sei mais o q é e o q nao é...

estou ficando louca, depressiva, que droga, será a droga?

mas o que é droga??….

nao sei ...

só sei q nada sei...

a saudade confunde destroi o coraçao e a mente..

fico cada dia, cada hora, a cada momento mais confusa..

explosao de sentimentos em mim...

estou explodindo...

explodindo...

explodo!

e me transformo em um mar de lagrimas...

aguas q parecem nao acabar...

apenas meu pranto ja seria capaz de acabar com a sede da humanidade...

Demorô - Criolo Doido

Então há how demorô, demorô
Há how demorô criolo

Ninguém vai me freiar, ninguém vai me dizer o que eu devo fazer nessa porra
Ninguém vai me freiar, ninguém vai me dizer o que eu devo fazer nessa porra
É eaí, aos quase trinta sim, cantador de rap com orgulho sim
Sofrimento existe mais eu desisti, a inveja existe mais não sucumbir
A mais de mil anos sempre foi assim. Violência só trás revolta pra mim,
Tem que ser assim verdadeiro, limpão..é , de coração
A doença ta no ar naquele falso refrão, onde amizade não conta..Sai que é rolê perdido
Já dizia meu paizinho, onde falta respeito a amizade vai pro lixo.
Muda essa roupa, corta esse cabelo. O QUE? vá todo mundo se f*der
Meu coração ta limpo querendo fazer o bem,
Vocês não tão nem aí pra mim e nem pra ninguém.
OK, então não facilitarei.OK então eu não to nem aí pra vocês.
Trabalhador brasileiro é tratado que nem lixo

Então há how demorô, demorô
Há how demorô criolo

Ninguém vai me freiar, ninguém vai me dizer o que eu devo fazer nessa porra
Ninguém vai me freiar, ninguém vai me dizer o que eu devo fazer nessa porra
Suas leís já cairam, sociedade podre
Suas leís já não vingam, sociedade podre
Ande de skate pra aliviar o stresse.
Jogue um basquette pra aliviar o stresse
Infelizmente vocês sabem, que até no esporte rola trairagem
Vou fazer o que? Se eu for me envolver.
Pegar numa arma é isso que cê quer?
O mal progredido e o bem de marcha-ré
E se eu cair numa bala, ninguém vai falar nada
Eu to ligeiro,que o que manda é o dinheiro
A pupila dilatada e o ar ta rarefeito
São vários na quebrada que trampão de pedreiro
E o máximo que uma pedra fará por você
É você querer morrer.
É brisa que cê quer? Sai com a mulher
Sabe como é ou não sabe?
É brisa que cê quer? Conquista uma mulher
Sabe como é ou não sabe?
Você tem raiva porque eu não me sujeitei a você
Então há how demorô, demorô
Há how demorô criolo

Ninguém vai me freiar, ninguém vai me dizer o que eu devo fazer nessa porra
Ninguém vai me freiar, ninguém vai me dizer o que eu devo fazer nessa porra

"ELES QUEREM QUE VOCÊ DESISTA, MAS JAMAIS SE DÊ POR VENCIDO!"


"TO PRA VER UM DAQUI SUCUMBIR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!​!!!!!"


E que tremam pois as mudanças sociais estão acontecendo.. nada pode deter a mudança ainda que lenta...

19 julho 2011

Desabafo…. UNILA: Garantir a liberdade pelos compromissos assumidos com a América Latina

 

Sou uma a mais entre os mais de 400 estudantes da segunda turma que chegaram a Foz do Iguaçú este ano para estudar na Universidade Federal da Integração Latino-Americana; somados a primeira turma somos aproximadamente 600 estudantes de 7 nacionalidades distintas que deixaram suas vidas e suas casas a fim de acumular conhecimento para contribuir com o desenvolvimento dessa região denominada de América Latina. Nesse sentido, entristece-me ver alguns fatos ocorridos no espaço da vida universitária, que necessito publicizar.

Nos deparamos com uma universidade em construção, natural portanto, esperar equivocos na elaboração da universidade. Passamos já durante as aulas pela construção das grades definitivas dos cursos e do espaço físico da universidade que hoje funciona num espaço antidemocratico e excludente, principlamente com relação à comunidade de Foz do Iguaçú. Diante desse quadro, me questiono e aos demais que possam ler essa mensagem, pq diante de tantas questões importantes referentes a universidade, alguns  se preocupam mais com as práticas da vida cotidiana dos estudantes do que com essas questões?

Observamos desde o ínicio de nossa chegada, uma perseguição principalmente na Moradia II onde resido. Apenas para constar, até hoje (desde abril), não sabemos ao certo como é o vínculo da UNILA com o Hotel Kacique Salvatti onde se instalou a moradia. Não há documento algum (ou está sendo omitido a nós) que falem sobre esse vinculo, não sabemos se o Hotel foi alugado ou se estamos ali como hóspedes, oq ue vem causando conflitos diretos com o dono do Hotel. A questão da regularidade dessa moradia é incerta e complexa, aqui ficarei apenas nesse esboço superficial, pois como disse não há documento oficial algum para poder basear essa discussão.

O assunto que quero tratar aqui especificamente, diz respeito há um fato ocorrido hoje, dia de prova final da disciplina de América Latina, onde poucos – para não dizer nenhum – estudante se faz presente na moradia. O Sr. Elias, assistente social da UNILA, foi visto acompanhado de mais dois individuos fotografando um quarto da moradia na ausencia de seus ‘moradores’. A pergunta que se faz presente e me inquieta é: com que autoridade essa ação foi possível? Apesar de tudo e qualquer coisa, é naquele espaço que residimos, fazemos dele nosso lugar e lá estão nossos objetos pessoais bem como nossas manifestações mais intimas expressas pela rebeldia da juventude inclusive com nossas marcas nas paredes…

Não tenho nesse momento muita capacidade lógica na escrita pela indignação que me enche o peito, porém gostaria de compreender em que argumento legal se baseia a referida ação e qual a justificativa da mesma, visto principalmente que os residentes daquele espaço não se encontravam presentes…

Nossos anseios e objetivos nessa universidade não podem e nem serão travados por esse tipo de ação, mas é importante lembrar que toda ação gera a reação, e sinceramente, espero que tenhamos explicações lógicas sobre esse e outros fatos ocorridos a fim de poder nos preocupar apenas com os compromissos academicos sem qualquer tipo de perseguição e violação da liberdade.

29 junho 2011

Soneto das Flores

 

Flores esbeltas, de pétalas macias

arrebatadas dos campos Elísios,

com ardor de pimenta

acompanhada da paz dos Lírios.

 

Delírios quem não tem ao dia.

Tu sois colírio paras minhas retinas,

pois meus olhos lacrimegantes

formam lago entre as colinas .

 

Uma flor as vezes me lembra outra flor,

independente de cor.

Noto só sua fragrância.

 

Por dentro é o que eu vejo

de mais belo e verdadeiro ...

e que fragrância não é só o cheiro ! 

 

(Edgar Pereira)

como é o apaixonar-se mesmo? acho q to esquecendo...


apego.. desapego..
extremos..
extremamente intensa...

 


bom ou ruim?

22 junho 2011

CONVOCATORIA AL XVI CLAE “Por Nuestra América: educación, unidad y libertad”

 

El 11 de Agosto de 1966 se celebró el IV Congreso Latinoamericano de Estudiantes en La Habana, Cuba, bajo la consigna de “Unidad, solidaridad y combatividad en contra del fascismo y el imperialismo, en defensa de la educación pública y la autonomía universitaria”. Para preservar tan altos valores y principios emanados del movimiento estudiantil, que siempre ha escrito páginas combativas y heroicas, se fundó en este escenario la Organización Continental Latinoamericana y Caribeña de Estudiantes (OCLAE). Este hecho permitió la unión del movimiento estudiantil continental con el movimiento obrero y campesino, por la liberación definitiva de nuestros pueblos.
En los próximos meses se cumplirán 45 años de tan importante acontecimiento, lo que nos convoca a mantener la lucha por la paz y los principios que defendemos. Durante estos años se ha demostrado la pujanza del estudiantado latinoamericano, en contra de las más terribles dictaduras, el imperialismo y en defensa de la soberanía.
No sólo hemos luchado por el derecho a la educación, sino también por la protección de mejores salarios para los obreros, por la justicia social, la eliminación de la miseria y de la explotación indiscriminada, enfrentando a los gobiernos neoliberales y las políticas del Banco Mundial y del Fondo Monetario Internacional. Diversas han sido las luchas que hemos emprendido y muchos más serán nuestros retos.
Hoy convocamos a realizar el XVI Congreso Latinoamericano y Caribeño de Estudiantes (CLAE), en un momento trascendental para el continente y el mundo. El capitalismo cae en una profunda crisis que origina guerras de ocupación, desempleo, hambre, delincuencia, migración, xenofobia y donde la educación es vulnerable a estas consecuencias. En Europa se recortan presupuestos, elevan aranceles y matrículas, recibiendo como respuesta la movilización masiva de la juventud de manera irreverente y consecuente.
América Latina, en el marco del Bicentenario de su Independencia, presenta una situación similar. En algunos países el ataque a la educación pública y el predominio de la privatización convoca a miles de estudiantes; sin embargo al mismo tiempo, en otras naciones se prioriza la gratuidad, el libre ingreso, la calidad y la universalización de la educación, siendo este el resultado del acumulado histórico de nuestro movimiento estudiantil que ha permitido obtener victorias importantes. Los retos del presente son aún mayores pero no defraudaremos las exigencias y derechos justos para la educación en nuestra América.
En Montevideo, Uruguay, la nación de Artigas, cuna de grandes hombres y mujeres de gestas imborrables, sede del primer Congreso; nos reuniremos nuevamente del 10 al 15 de agosto bajo la consigna “Por Nuestra América: educación, unidad y libertad”. Este será el escenario para que retumben los nombres del Che, Bolívar, Martí, Sandino, Fefel, los postulados de la Reforma de Córdoba y el grito de que una América Latina distinta es posible.
Vamos con alegría a defender nuestras conquistas, a luchar por nuestros sueños y convertirlos en realidades. Hoy, como ayer, seguimos levantando las banderas de la esperanza y la solidaridad reclamando el derecho que nos asiste a una educación pública, gratuita y de calidad.
“La unidad de los pueblos no es simple quimera de los hombres, sino inexorable decreto del destino”, sentenció el libertador Simón Bolívar. ¡Hagamos nuestro el legado de los mártires! ¡Cerremos fila en la lucha por alcanzar nuestros derechos y defendamos las reivindicaciones históricas de los estudiantes!
¡Viva el Movimiento Estudiantil Latinoamericano y del mundo!
¡Hasta la Victoria, Siempre!

23 maio 2011

maravilhoso!


 
Manifestações pró e contra Bolsonaro! só pra salientar que o grupo fascista 'Ultra Defesa' q participa da manifestação pró Bolsonaro, são os mesmos que estavam na Marcha da Maconha em SP colocando pilha nos manifestantes pacificos...

Marcha da Maconha SP 2011

Um caso sem razão

Saiu na televisão

Manifestação,

Repressão,

Legalização ou não legalização...

O mínimo é garantir a liberdade de expressão!

(Sábatha Fernandes)

20 maio 2011

“A Periferia nos une pelo amor, pela dor e pela cor. Dos becos e vielas há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune. Eis que surge das ladeiras um povo lindo e inteligente galopando contra o passado. A favor de um futuro limpo, para todos os brasileiros.”
(Sérgio Vaz)

18 maio 2011

Um coração tolo (num desabafo poetizado sem métrica alguma… rs)

Eita coração doido
Coração tolo
parece que inventa coisa onde não tem!

Eita coração que palpita e sonha.
Palpita de desejo
e tem sonhos impossiveis...
Poderia não se enganar, nem se iludir, mas
mentiras sinceras sempre interessam!

Esse coração tolo que [por hora] pertence àquele moço
Ai aquele moço, aquele moço!
Sempre diz o que quero ouvir,
me faz sentir o que quero sentir
faz com que me sinta melhor do q sou!

Esse moço que confunde minhas emoções
e faz esse tolo coração
misturar sentimentos e desejos
de um jeito tão louco
que já não se sabe o que é o que
Eita coração doido
coração tolo...

(Sábatha Fernandes 05:37 18/05/2011)

05 maio 2011

ONU Mulheres Brasil e Cone Sul : Encerra em 8/5 prazo para recebimento de projetos a serem financiados pela ONU Mulheres Brasil e Cone Sul

 

Seleção destina US$ 415 mil e está centrada em três áreas temáticas: liderança e participação política, eliminação da violência contra as mulheres e empoderamento econômico das mulheres.  Propostas de projetos serão recebidas até o dia 8 de maio de 2011

Brasília, 3 de maio de 2011 - A ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres encerra no próximo domingo (8/5) o prazo de recebimento de propostas para o seu edital anual de financiamento de projetos da sociedade civil. A seleção prevê o financiamento de US$ 415 mil (cerca de RS 680 mil) para iniciativas que sejam executadas na Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.

O edital está estruturado em três áreas temáticas: expansão da liderança e participação das mulheres, promovendo a igualdade de gênero nas diferentes esferas da sociedade; eliminação da violência contra as mulheres; e fomento ao empoderamento econômico das mulheres. Podem apresentar propostas organizações da sociedade civil com experiência mínima comprovada de um ano na execução de projetos similares. Os projetos financiados deverão ser executados no período de 1º de julho de 2011 a 30 de junho de 2012.

Para o Brasil estão destinados US$ 133 mil (cerca de R$ 220 mil) para a capacitação de organizações da sociedade civil, especialmente de mulheres e população LGBT em situação de vulnerabilidade social, para participar na formulação e avaliação de políticas públicas na área de segurança pública. Os recursos também estão direcionados para apoiar as atividades preparatórias da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres e aumentar a capacidade de liderança das mulheres em cargos eletivos e em esferas de tomada de decisão.

Na Argentina, o edital canaliza US$ 87 mil para o fortalecimento de rádios comunitárias; atividades de base de mulheres rurais, povos originários e migrantes para incidência nas políticas públicas; e produção de conhecimento sobre cadeias de cuidado, uso do tempo e temas econômicos de mulheres rurais, povos originários, afrodescendentes, migrantes e em outras áreas de vulnerabilidade. Para o Chile, a seleção prevê US$ 55 mil para a seleção de projetos que aumentem a capacidade de liderança das mulheres e a participação delas em cargos eletivos e de tomada de decisão; e a geração de renda de mulheres rurais, com enfoque especial em mulheres indígenas.

No Paraguai, serão financiados US$ 62 mil em projetos que reinstalem a discussão sobre cotas para mulheres na política; fortaleçam as capacidades institucionais da Secretaria de Gênero do Poder Judiciário; e fortaleçam a capacidade de elaboração de orçamentos sensíveis ao gênero da Secretaria da Mulher da Presidência da República. Para o Uruguai estão alocados US$ 78 mil para financiar iniciativas que estimulem a participação política das mulheres e fomento dos direitos das mulheres de minorias com discriminações múltiplas; e apóiem iniciativas relacionadas a gênero e mudanças climáticas.

Leia aqui a íntegra do edital

Faça o download do Formulário de Apresentação de Propostas

ONU-Mulheres

UNASE_Português

04 maio 2011

Chanceler venezuelano propõe congresso regional de trabalhadores - Portal Vermelho

Chanceler venezuelano propõe congresso regional de trabalhadores - Portal Vermelho

Com o objetivo de aprofundar o socialismo e consolidar a unidade da classe trabalhadora, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu, nesta terça-feira (03), que os trabalhadores da região convoquem um Congresso Latino-Americano e Caribenho.

"A proposta é organizar, em meados deste ano, no âmbito do plano para comemorar os 200 anos de independência, um Congresso Latino-Americano e Caribenho de centrais sindicais, correntes, forças de trabalhadores de todo o continente", disse ele, no encerramento do Primeiro Encontro de Trabalhadores Socialistas da Cidade e do Campo.

A declaração de Maduro se insere no Plano de Ação do mencionado evento, que contou com mil delegados de todo o país, representando 28 federações sindicais nacionais, assim como quatro frentes campesinas, uma frente de pescadores e trabalhadores de empresas socialistas recuperadas, em escala nacional.

Foi igualmente acordado realizar no nosso país este mês um dia de solidariedade contra a intervenção de potências estrangeiras na Líbia e outras nações da África e do Oriente Médio.

Os trabalhadores também se comprometeram a participar da 4º Encontro Sindical de Nossa América (ESNA), programado para se realizar em julho, em Manágua, Nicarágua.

O Primeiro Encontro de Trabalhadores Socialistas da Cidade e do permitiu construir uma nova estrutura para promover o modelo de produção social, lutar contra a especulação e a promoção de leis baseadas em princípios socialistas, de acordo com informação divulgada pelo portal do Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores.

Fonte: Prensa Latina

16 abril 2011

Minas na Frente

Poesia de Noemia Duque para as minas da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop

 

Minas na Frente
(Noemia Duque)


Indo em frente

Com as minas na Frente

Encarando os problemas

Enfrentado as querelas

Da vida quem dera

Sem nada a temer

Solucionando

Com a força da rima

Plantando sementes

Sem nada nas mãos

Só poesia na mente

09 abril 2011

RAP .. velha e nova geração.. reflexões..

Lendo um site agora sobre a ‘nova geração do Rap’ pensei várias coisas que gostaria de compartilhar…
Acredito que a evolução musical é sempre importante, porém não sei se nesse caso é uma boa coisa.. GOG fez boas músicas trabalhando a questão instrumental casada ao ritmo habitual do rap e nem por isso mudou suas letras…
São muitos os sons da nova geração que eu curto, Lurdez da Luz por exemplo, acho o som dela muito bem elaborado e carregado de consciencia.
Mesmo visto tudo isso, preocupa-me a forma com que vem se tratando o rap atualmente.
Aprendi o rap com a velha e respeitosa “ Velha Escola “, aqueles que de fato construiram o rap em SP e no Brasil, e foi esse o Rap que me encantou e me mostrou outras perspectivas além das que estavam postas. Essa nova forma que valorizada marca e moda pra mim num tá com nada, o Rap nasce justamente pra ser contra isso, pra denunciar os problemas que a favela enfrenta, principalmente em não poder ter acesso a esses artigos, dando outros valores a vida, mostrando que o consumo tem tudo a ver com perpetuar esse sistema que nos faz marginalizados.
Pois bem, escrevo tudo isso de forma desorganizada e confusa pois estou com sono .. rsrs.. Mas gostaria realmente de registrar minha insatisfação com a forma que a mídia vem conseguindo transformar o rap em pop, tirando-lhe sua função social e entregando essa cultura de rua de bandeja à classe média, assim como fez no passado com o samba.
Finalizando.. pra mim o Rap sem sua função social de denunciar a realidade não tem utilidade pra favela nem pra vida do povo marginalizado e sendo assim, deixa de ser o rap!

Viva a Velha Escola! hehe

19 fevereiro 2011

A prática machista camuflada no feminismo

Reproduzo, texto da camarada Aline da Bahia, retirado do site da UJS:


Seg, 10/05/10 11h26

No calor da eleição para o DCE da UFBA, a Juventude do PT, como é de praxe entre todas as forças políticas que atuam no M.E., começou a entoar os gritos de guerra de costume. Nós, da UJS, no clima da eleição e sem a intenção de criar confusão, respondemos dando as costas e dançando. Neste momento, fomos surpreendidas com a entoação de palavras ofensivas, que diziam que a UJS tinha apenas peito e bunda. E é sobre este fato que gostaria de tecer alguns comentários.
Ao dizer que "a UJS só tem peito e bunda", o que se afirma é que as mulheres da União da Juventude Socialista não possuem conteúdo político e se utilizam do corpo para alcançar seus objetivos. Nesse sentido, duas abordagens são necessárias.
A primeira é sobre a forma como nós, da UJS, mulheres e homens, construímos as lutas e fazemos política. Nossa organização se edifica a partir do amadurecimento das idéias, com amplos debates que buscam o consenso através do convencimento. Este método exige da militância muito estudo para que a discussão política seja travada com alto nível e com argumentações que sejam capazes de convencer nossos camaradas sobre qual o melhor caminho a seguir.
A segunda diz respeito à luta feminista que a UJS constrói, junto com a UBM, em diversos espaços e movimentos. A luta feminista e a luta antirracista fazem parte do processo de construção do socialismo. Entendemos que é preciso superar essas questões para, só então, alcançar igualdade plena de direitos. Ainda assim, nos deparamos com a intensificação da luta de gênero diariamente e, mesmo no seio do movimento social, temos que enfrentar o machismo. Para nós fazermos política, precisamos nos desvencilhar de uma carga imensa de pensamentos atrasados que permeiam esse universo. O preconceito, reflexo do machismo dos homens, já é velho conhecido das mulheres militantes.
A questão a que quero me referir aqui, em relação às palavras vexatórias e desqualificantes que nos foram empregadas, é ainda mais preocupante. Trata-se de terem sido orquestradas com a participação de mulheres que, a priori, são nossas aliadas na luta pela emancipação feminina. As mulheres que entoaram o dizer "a UJS só tem peito e bunda" são as mesmas que dizem "legalizar o aborto, direito ao nosso corpo" e "o movimento que eu faço tem mulheres em todos os espaços". Observamos que, nesse contexto, há uma contradição que se reflete na prática, uma vez que não basta que as mulheres estejam em todos os espaços se não conseguirmos enxergá-las a partir da contribuição política e capacidade de intervenção que elas possuem.
A contradição se acentua quando mulheres que exigem a liberdade sobre o nosso corpo o utilizam como meio de intimidação ao debate político. Dizer que nós só temos peito e bunda é nos reduzir ao que certos homens tentam fazer nos espaços que disputamos.
No séc. XXI, as mulheres começam a colher frutos das lutas emancipacionistas que as Dandaras, Luizas e Loretas forjaram em seus momentos.  Nós somos mulheres por excelência, com conteúdo político, disposição e garra para construir uma sociedade sem machismo e sexismo. Somos mulheres completas, com direito à vaidade, ao peito e à bunda. Mas não é isso que nos referencia. A luta emancipacionista perpassa pelo desprezo às características físicas. Não é comum que os belos homens que atuam na política sejam pautados pela sua beleza. Com nós mulheres, isso não deve ser diferente. A nossa capacidade de articulação e percepção da realidade vem da escola do socialismo, que muito nos orgulha. Nossas referências são de gestoras, professoras, artistas,  sindicalistas, mulheres guerreiras e trabalhadoras, como Loreta Valadares, Alice Portugal, Jandira Fegalli, Olívia Santana, Luciana Santos e tantas outras camaradas que nos honram nos espaços políticos que ocupam, não pelas suas qualidades físicas, mas pelas contribuições dadas para o amadurecimento das questões de gênero e pela forma qualificada e comprometida com que atuam.
No momento em que me dei conta de que as nossas companheiras na luta do combate ao machismo estavam nos pautando pelas características físicas, como se nós não pudéssemos ter sido agraciadas, de alguma forma, pela natureza também no aspecto anatômico, me acometeu um sentimento de decepção. Passou pela minha mente o caso da moça da UNIBAN em São Paulo. A situação vexatória a qual foi submetida por seus colegas de universidade, por estar vestida de modo a demonstrar o poder que tem sobre o seu corpo, em pouco se diferencia do constrangimento ao qual fomos submetidas na noite de 29 de abril, no PAF 3, afora o substancial fato de quem patrocinou o ato.
Naquele momento, me dei conta de que o caminho para alcançar a superação do machismo é uma longa estrada a ser percorrida. Pergunto-me quais de nós possui o real e necessário compromisso com esta questão. Quantas de nós estamos livres da chaga machista e aptas a enfrentar debates sobre a nossa sociedade, sendo vistas apenas como seres políticos? A decepção é larga e profunda. Ser hostilizada por mulheres que se apresentam como aliadas – que atuam através da MMM (Marcha Mundial de Mulheres), que travam batalhas, junto com  a UBM (União Brasileira de Mulheres) e outras tantas entidades representativas da mulheres, no sentido de fazer um presente e construir um futuro  de igualdade e equidade de gênero – é de uma dor desmedida.
Junto com a decepção, surge também a vergonha. Parece que, de alguma forma, os anos de labuta, ali, foram reduzidos a pó, por companheiras que se mostraram confusas e imaturas em sua atitude, deixando cair a máscara da incompreensão sobre a ação de combate, fazendo emergir o monstro do machismo. Não pretendemos dividir o movimento feminista. O que propomos aqui é uma reflexão sobre a prática e a contradição na atuação cotidiana das mulheres que o organizam. Sabemos que os segmentos de tal movimento, possuem em seus quadros muitas companheiras aguerridas que, comprometidas com a causa, trabalham para a formação e conscientização das que ainda se encontram em estágio imaturo e embrionário, muito embora tenham potencial e  predisposição para a guerra.
Esse ano, de eleição para a Presidência da República, é um marco para a luta das mulheres. Teremos uma candidata alinhada com o atual projeto de progresso e desenvolvimento social, comprometida com a soberania do país, feminista e com qualificação política. Nós, mulheres da União da Juventude Socialista, estaremos nesta batalha para conduzi-la ao posto máximo da política e do poder no Brasil.
Seguiremos empenhadas em fazer com que a sociedade supere o machismo. A luta é árdua, mas a perseverança e o objetivo são características da militância, que tem o fortalecimento da nação como caminho e o socialismo como rumo. Travaremos muitos debates para ver florescer o Brasil como nunca se viu, sem desigualdades sócio-raciais e onde nós, mulheres, sejamos vistas pela nossa competência. Seguiremos atuando para ser muito mais Brasil, como, oportunamente, preconiza o lema do 15º Congresso da UJS.

Aline Ramos Moreira é membro da Direção da UJS-BA, militante da UBM e da UNEGRO

16 fevereiro 2011

O direito de ir e vir depende de transportes caros e ineficientes - Portal Vermelho

O direito de ir e vir depende de transportes caros e ineficientes - Portal Vermelho

Cultura é usada para a reinserção social de presos de Guarulhos

Violento esse projeto hein! e eu nem sabia disso, bem do meu lado aqui na minha cidade..

Presos do regime semiaberto da Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos (SP), estão usando a cultura como instrumento de reinserção social, por meio do projeto "Como Vai Seu Mundo?". A ideia, do juiz da Vara das Execuções Criminais da cidade, Jayme Garcia dos Santos Junior, surgiu quando ele soube que o sentenciado Marcos Omena, rapper conhecido como Dexter, foi transferido para a penitenciária, uma das quais é corregedor.

"Conhecendo o trabalho de Marcos Omena, o Dexter, propus que ele desenvolvesse um projeto de reinserção. Junto com o Instituto Crescer, fizeram a proposta de oficinas de atividades culturais." O nome do projeto veio de uma das músicas do rapper.
No anexo da penitenciária existem cerca de 480 reeducandos. "Toda vez que desenvolvemos esse tipo de projeto, é sempre muito bem aceito. O próprio Dexter fala, em sua música, que na cadeia tudo é muito quadrado, do chão até o teto."
Um show do rapper marcou o lançamento do projeto, que oferece oficinas de discotecagem, hip hop e grafite. No dia 10 de fevereiro, teve início a oficina de DJ. Todas as atividades são desenvolvidas dentro do complexo penitenciário e os participantes não recebem remuneração.
Segundo o magistrado, a procura tem sido grande. “Qualquer iniciativa que oxigene a vida na prisão motiva os setenciados." A intenção é estimular a criatividade do preso para que ele possa ser reintegrado à sociedade.
“Quando a sociedade se dispõe a entrar no cárcere para mostrar ao sentenciado que ele tem outras opções, mostra na verdade que ele é um ser humano e pode ter uma segunda chance”, destacou.
De acordo com o magistrado, é a primeira vez que esse tipo de projeto é implantado na Penitenciária José Parada Neto. A intenção é que, depois de seis meses, o Como Vai Seu Mundo? se torne permanente e faça parte do cotidiano carcerário, até que seja transformado em uma política pública de administração penitenciária, aproveitando a ideia.
Fonte: Agência Brasil

Fidel Castro: A rebelião revolucionária no Egito

 

Disse há vários dias que a sorte de Mubarak estava lançada e nem sequer Obama poderia salvá-lo. O mundo sabe o que acontece no Oriente Médio. As notícias circulam a velocidades vertiginosas. Os políticos correm atrás do tempo para ler os despachos que chegam de hora em hora. Todos estão conscientes da importância do que acontece ali.

Após 18 dias de uma dura batalha, o povo egípcio conquistou um objetivo importante: derrubar o principal aliado dos Estados Unidos no seio dos países árabes. Mubarak oprimia a saqueava seu próprio povo, era inimigo dos palestinos e cúmplice de Israel, a sexta potência nuclear do planeta, associada ao belicoso grupo da Otan.
As Forças Armadas do Egito, sob a direção de Gamal Abdel Nasser, havia lançado pela janela um rei submisso e criado a república que, com o apoio da União Soviética, defendeu sua pátria da invasão franco-britânica e israelense de 1956 e preservou a posse do Canal de Suez e a independência de sua nação milenar.
O Egito possui por isso um prestígio bastante elevado no Terceiro Mundo. Nasser era conhecido como um dos líderes mais destacado do Movimento de Países Não Alinhados, tendo participado de sua criação junto a outros conhecidos dirigentes da Ásia, África e Oceania, que lutavam pela libertação nacional e pela independência política e econômica das antigas colônias.
O Egito sempre gozou do apoio e do respeito de tal organização internacional, que reúne mais de cem países. Precisamente neste momento, o país preside o movimento pelo período que lhe corresponde de três anos. O apoio de muitos de seus membros à luta que seu povo realiza hoje não tardará a chegar.
Que significado tiveram os Acordos de Camp David e porque o heróico povo da Palestina defende de forma tão árdua seus direitos mais vitais?
Em Camp David — com a mediação do então presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter —, Anwar el Sadat, então presidente do Egito e o primeiro ministro de Israel Menahem Begin assinaram os famosos acordos entre o Egito e Israel.
Conta-se que participaram de conversações secretas durante 12 dias e em 17 de setembro de 1978 assinaram dois acordos importantes: um referido à paz entre Egito e Israel e outro relacionado com a criação de um território autônomo na Faixa de Gaza e Cisjordânia, onde Sadat pensava — e Israel conheci e compartilhava da ideia — que seria a sede do Estado Palestino, cuja existência, assim como a do Estado de Israel, a Organização das Nações Unidas determinou em 29 de novembro de 1947, no que era o então mandato britânico da Palestina.
Após árduas e complexas negociações, Israel aceitou retirar suas tropas do território egípcio do Sinai, embora tenha rechaçado categoricamente a participação naquela negociação de paz dos representantes da Palestina.
Como produto do primeiro acordo, no prazo de um ano Israel reintegrou o território do Sinai ao Egito, ocupado em uma das guerras árabe-israelenses.
Por causa do segundo, ambas as partes se comprometiam a negociar a criação do regime autônomo na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A primeira compreendia um território de 5.640 quilômetros quadrados e 2,1 milhões de habitantes. A segunda, 360 km² e 1,5 milhão de habitantes.
Os países árabes se indignaram com aquele acordo que, como julgavam, o Egito não tinha defendido com suficiente firmeza e energia um Estado Palestino, cujo direito a existir havia sido centro as lutas livradas durante décadas pelos estados árabes.
A reação foi tão indignada que chegou ao extremo de romperem relações com o Egito. Dessa forma, a Resolução das Nações Unidas de novembro de 1947 foi apagada do mapa. A entidade autônoma jamais foi criada e assim se privava aos palestinos do direito de existir como estado independente, do qual se deriva a interminável tragédia que se vive e que deveria ter sido solucionada há mais de três décadas.
A população árabe da Palestina é vítima de ações genocidas: as suas terras são roubadas ou, nas regiões desérticas, privadas de água e as casas são destruídas com escavadeiras. Na faixa de Gaza, um milhão e meio de pessoas são sistematicamente atacadas com projéteis explosivos, fósforo e as conhecidas granadas de fragmentação. O território da Faixa de Gaza está bloqueado por terra, ar e mar. Por que se fala tanto dos acordos de Camp David e não se menciona a Palestina?
Os Estados Unidos fornecem anualmente os armamentos mais modernos e sofisticados para Israel, pelo valor de bilhões de dólares. O Egito, um país árabe, foi convertido no segundo receptor de armas americanas. Para lutar contra quem? Contra outro país árabe? Contra o próprio povo egípcio?
Quando a população exigia respeito por seus direitos mais elementares e a renúncia de um presidente cuja política consistia em explorar e saquear seu próprio povo, as forças repressoras treinadas pelos Estados Unidos não vacilaram em disparar contra ela, matando centenas de pessoas e ferindo milhares.
Quando o povo egípcio esperava explicações do governo de seu próprio país, as respostas vinham de altos funcionários dos órgãos de inteligência ou do governo dos Estados Unidos, sem respeito algum para com os funcionários egípcios.
Por acaso os dirigentes dos Estados Unidos e seus órgãos de inteligência não conheciam uma só palavra dos colossais roubos do governo de Mubarak?
Antes de que o povo protestasse em massa na praça Tahrir, nem os funcionários do governo, nem os órgãos de inteligência dos Estados Unidos diziam uma só palavra sobre os privilégios e roubos descarados de bilhões de dólares.
Seria um erro imaginar que o movimento popular revolucionário no Egito obedece teoricamente a uma reação contra as violações de seus direitos mais elementares. Os povos não desafiam a repressão e a morte nem permanecem noites inteiras protestando com energia por questões simplesmente formais. Eles fazem isso quando seus direitos legais e materiais são sacrificados sem piedade de acordo com as exigências insaciáveis de políticos corruptos e dos círculos nacionais e internacionais que saqueiam o país.
O índice de pobreza afetava a imensa maioria de um povo combativo, jovem e patriótico, agredido em sua dignidade, sua cultura e suas crenças.
Como poderiam ser conciliadas o aumento incessante dos preços dos alimentos com as dezenas de bilhões de dólares que são atribuídos ao presidente Mubarak, aos setores privilegiados do governo e da sociedade?
Não basta agora que sejam conhecidos os números da fortuna, é necessário exigir que ela seja devolvida ao país.
Obama está afetado pelos acontecimentos egípcios, age ou parece agir como dono do planeta. A questão do Egito parece ser assunto seu. Não para de falar com líderes de outros países.
A agência efe, por exemplo, informa: “... falou com o primeiro ministro britânico, David Cameron; o rei Abdalá II da Jordânia e com o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, islâmico moderado".
"... o governante dos Estados Unidos avaliou a 'mudança histórica' que impeliu os egípcios e reafirmou sua admiração pelos seus esforços...".
A principal agência de informação americana, AP, transmite declarações dignas de atenção:
"Os Estados Unidos pede governantes no Oriente Médio com inclinação ocidental, amistosos com Israel e dispostos a cooperar com a luta contra o extremismo islâmico, ao mesmo tempo que protejam os direitos humanos".
"…Barack Obama defende uma lista de requisitos ideais impossíveis de satisfazer após a queda dos aliados de Washington no Egito e na Tunísia em revoltas populares que, segundo especialistas, se propagarão na região".
"Não existe perfil com esse currículo de sonho e é muito difícil que apareça um pronto. Em parte se deve a que, nos últimos 40 anos, os Estados Unidos sacrificaram os ideais nobres dos direitos humanos, que tanto defendem, em troca da estabilidade, a continuidade e o petróleo em uma das regiões mais voláteis do mundo".
" 'O Egito não voltará a ser o mesmo', disse Obama na última sexta-feira, depois que celebrou a saída de Hosni Mubarak".
"Mediante seus protestos pacíficos, os egípcios 'transformaram seu país e o mundo'", disse Obama.
"Enquanto ainda persiste o nervosismo entre vários governos árabes, as elites encasteladas no Egito e na Tunísia não deram sinais de que estejam dispostas a ceder poder nem a vasta influência econômica que tiveram".
"O governo de Obama insistiu que a mudança não deveria ser de 'personalidades'. O governo americano tomou essa posição desde que o presidente Zine el Abidine Ben Ali fugiu em janeiro de Túnis, um dia depois que a secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, advertisse os governantes árabes em um discurso no Catar que sem uma reforma, os alicerces de seus países 'afundariam na areia'".
As pessoas não se mostraram muito dóceis na Praça Tahrir.
A Europa Press narra:
"Milhares de manifestantes chegaram à praça Tahrir, o epicentro das mobilizações que provocaram a renúncia do presidente do país, Hosni Mubarak, para reforçar os que continuam no local, apesar das tentativas da Polícia Militar de desalojá-las, segundo informou a cadeia britânica BBC."
"O correspondente da BBC que estava na praça cairota assegurou que o Exército está demonstrando indecisão diante da chegada de novos manifestantes..."
"O 'núcleo duro' (...) está situado em uma das esquinas da praça. (...) decidiram permanecer na Tahrir (...) para assegurar-se que todas as suas exigências sejam cumpridas".
Independente do que ocorra com o Egito, um dos problemas mais graves que enfrenta o imperialismo nesse instante é o déficit de cereais, que abordei na Reflexão de 19 de janeiro.
Os Estados Unidos emprega uma parte importante do milho que cultiva e um alto índice de sua colheita de soja para a produção de biocombustíveis. A Europa, por sua vez, emprega milhões de hectares de terra com essa finalidade.
Por outro lado, como consequência da mudança climática originada fundamentalmente pelos países desenvolvidos e ricos, está se criando um déficit de água doce e alimentos incompatível com o crescimento da população, a um ritmo que a conduziria a 9 bilhões de habitantes em apenas 30 anos, sem que a Organização das Nações Unidas e os governos mais influentes do planeta, depois das fracassadas reuniões de Copenhague e Cancun, tenham advertido e informado o mundo dessa situação.
Apoiamos o povo egípcio e sua valente luta por seus direitos políticos e pela justiça social.
Não estamos contra o povo de Israel, estamos contra o genocídio do povo palestino e a favor de seu direito a um Estado Independente.
Não somos a favor da guerra, mas sim a favor da paz entre todos os povos.
Fidel Castro Ruz, Havana, 21h14 de 13 de fevereiro de 2011

Juventude lidera atos contra aumento das passagens pelo Brasil

Pipocam pelos principais centros urbanos brasileiros diversas manifestações contra o aumento das passagens do transporte público neste início de 2011. Liderados primordialmente pela juventude, os protestos tomam conta das ruas e incitam debates sobre as melhorias na qualidade dos serviços prestados, bem como o preço incompatível que hoje é cobrado dos trabalhadores. De norte a sul, a galera se mobiliza e mostra que o velho e batido discurso de acomodação juvenil é balela.

A cidade de São Paulo, por exemplo, está contando com atividades praticamente semanais de reivindicações. O Movimento Passe Livre (MPL) vem organizando passeatas e conscientizando toda a população usuária dos ônibus e metrô da capital paulista sobre o aumento abusivo cometido pela prefeitura. Reunidos com o secretário de Transportes Marcelo Cardinale Branco no último sábado, 12 de fevereiro, representantes do MPL debateram e pressionaram a administração, cobrando explicações sobre a majoração de preço para 3 reais. Apesar de algumas repressões policiais violentas, o Movimento vem resistindo e promete novo protesto para a próxima quinta-feira, dia 17, às 17 horas, em frente à Prefeitura.
Já em Fortaleza, no Ceará, dirigentes estaduais da União Nacional dos Estudantes estão mobilizando os estudantes para manifestações contra os seguidos aumentos que, em 2011, será de 22%. Segundo nota de Ivo Braga, vice-presidente regional da entidade, “aumentar o valor da passagem é restringir o princípio básico de ir e vir dos cidadãos fortalezenses, dos trabalhadores e dos jovens que necessitam diariamente do sistema de transporte público para ir e vir do trabalho, da escola e da universidade. Além disso, em momento algum é apresentada qualquer contrapartida em termos de melhoria na qualidade do transporte coletivo ou da malha viária do município”.
Salvador foi outro ponto de ebulição dos jovens. O movimento Revolta do Buzu encabeçou uma série de manifestações na última semana, aproveitando o período de volta às aulas. Diversos pontos da capital baiana foram tomados pelos estudantes, que demonstravam sua insatisfação com o aumento de R$2,30 para R$2,50 da passagem. A repressão policial também foi forte por lá, e a vereadora Olívia Santana (PCdoB) foi agredida ao tentar defender um manifestante que apanhava de seguranças da Prefeitura sem identificação.
As mobilizações vêm ganhando apoio de diversos setores da sociedade civil, entre eles sindicatos, partidos e organizações. Além disso, a internet está funcionando como importante aliado na divulgação das ações, principalmente o Twitter. Na semana entre 7 e 11 de fevereiro, o MPL promoveu um tuitaço nacional, com o slogan “Quem não tuita quer tarifa” e marcando a campanha com a hashtag #contraoaumento, que chegou a ocupar o primeiro lugar dos tópicos mais comentados na rede social. Buscando mensagens por essa tag, é possível ficar por dentro das próximas atividades.
Fonte: UJS

31 janeiro 2011

Pai do hip-hop, DJ Kool Herc, enfrenta problemas de saúde

Fonte: http://centralhiphop.uol.com.br/site/?url=noticias.php

31/01/2011 11:16

DJ Kool Herc (Foto: pesquisa Google)

DJ Kool Herc (Foto: pesquisa Google)

Considerado o pai do hip-hop, o DJ jamaicano radicado em Nova York, Kool Herc, encontra-se hospitalizado e suas condições de saúde não são boas. A informação vem do blog oficial de DJ Premier, que também da conta de que Kool Herc não possui cobertura de nenhum plano de saúde, e busca ajuda para o pagamento das contas que estão sendo geradas no hospital.

Vem aí o encontro dos blogueiros de SP

 

Reproduzo matéria de Rodrigo Sérvulo da Cunha, publicada no blog Mídia caricata:

No último sábado ocorreu a quinta reunião de organização do primeiro encontro de blogueiros progressistas do estado de São Paulo. Durante algumas horas, este "sujo" blogueiro e mais outros(as) treze companheiros(as) da luta pela democratização da comunicação social (Domingos Savio Gonçalves do "exbancario"; Castor Filho do "redecastorphoto"; Vander Fagundes dos "muitopelocontrario" e "promotoriacomunitaria"; Marcia Brasil dos "brasileuquero" e "edufuturo"; Luana do "Verso no trombone"; Edicarlos Vieira do "soumutirao"; Ana Frank do "Anna Frank"; Celso Jardim do "blogdocelsojardim"; e os "reprodutores" que não possuem blogs mas colaboram na divulgação dos conteúdos nas redes sociais como o Genésio dos Santos, a Luciene, a Nilva Sader que com o mesmo nome está no twitter e facebook, o Arnóbio Freire que no twitter é "@arnobioFreire" e o Cido que no twitter é "cidoli") debatemos sobre o tema do encontro, questões administrativas, formato, datas, horários, local e tudo o que envolve um evento como este.

Dentre outras questões, é importante que o histórico evento aconteça antes da segunda conferência nacional que deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2011 (ainda sem lugar definido) para que os paulistas cheguem lá com um documento de tudo o que foi debatido no encontro estadual.
A reunião foi proveitosa. Nos dividimos em comissões para que cada uma corra atrás do que necessitamos. Alguns contatos já foram feitos e algumas confirmações de participação em debates, oficinas e patrocínio já existem.
As datas escolhidas pela maioria para a realização do evento foram 08, 09 e 10 de abril.
Voltaremos a nos reunir em 19/02 e seria importante a presença de todos os blogueiros de São Paulo dispostos a colaborar. É só chegar!
Para maiores informações contate este blogueiro ou utilize o e-mail: encontro_blogueirossp@hotmail.com

08 janeiro 2011

“Então tá combinado, é quase nada
É tudo somente sexo e amizade.
Não tem nenhum engano nem mistério. “

(Peninha)

Geraldo Alckmin: breve história de um direitista paulista

Em sua primeira semana de volta ao comando do estado de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tomou iniciativas que alguns interpretaram como uma "ruptura" com a gestão de José Serra e um sinal de aproximação com propostas defendidas pela esquerda. Mas antes que os desavidados comecem a enxergar algum sinal de bom mocismo no governador tucano, é bom resgatar a "breve biografia" que o jornalista Altamiro Borges publicou sobre Alckmin.

O passado de Alckmin, revelado nesta pequena "biografia", deixa claro que não se deve esperar atitudes progressistas deste novo mandato do político que ficou conhecido como "picolé de chuchu", mas que representa, na essência, o pensamento da elite paulista mais conservadora.
Breve história de um direitista

por Altamiro Borges
Natural de Pindamonhangaba, no interior paulista, Geraldo Alckmin sempre conviveu com políticos reacionários, alguns deles envolvidos na conspiração que resultou no golpe militar de 1964, e com simpatizantes do Opus Dei, seita religiosa que cresceu sob as bênçãos do ditador espanhol Augusto Franco. Seu pai militou na União Democrática Nacional (UDN), principal partido golpista deste período; um tio foi prefeito de Guaratinguetá pelo mesmo grupo; outro foi professor do Mackenzie, que na época havia sido convertido num dos centros da direita fascista.
Alckmin ingressou na política em 1972, convidado pelo antigo MDB para disputar uma vaga de vereador. Na ocasião, diante do convite formulado por seu colega do curso de medicina, José Bettoni, ele respondeu: “Mas meu pai é da UDN”, talvez temeroso dos seus laços familiares com a ditadura. Até hoje, Alckmin se gaba de ter sido um dos vereadores mais jovens do país, com 19 anos, e de ter tido uma votação histórica neste pleito – 1.147 votos (cerca de 10% do total).

Um bajulador da ditadura militar
Mas, segundo o depoimento de Paulo de Andrade, presidente do MDB local nesta época, outros fatores interferiram na sua eleição. O tio de Alckmin, José Geraldo Rodrigues, tinha acabado de ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal pela ditadura. “Ele transferiu prestígio para o sobrinho”, diz Rodrigues. A outra razão era histórica. Geraldo é sobrinho-neto do folclórico político mineiro José Maria Alckmin, que foi o vice-presidente civil do general golpista Castelo Branco. “Ter um Alckmin no MDB era um trunfo [para o regime militar]’, diz Andrade”.
Tanto que o jovem vereador se tornou um bajulador da ditadura. Caio Junqueira, em um artigo no jornal Valor (03/04/06), desenterrou uma carta em que ele faz elogios ao general Garrastazu Médici. Segundo o jornalista, Alckmin sempre se manteve “afastado de qualquer movimento de resistência ao regime militar… O tom afável do documento encaminhado a Médici, sob cujo governo o Brasil viveu o período de maior repressão, revela a postura de não enfrentamento da ditadura, fato corroborado por relatos de colegas de faculdade e políticos que com ele atuaram”.

Seguidor da seita Opus Dei
Em 1976, Alckmin foi eleito prefeito da sua cidade natal por uma diferença de apenas 67 votos e logo de cara nomeou seu pai como chefe de gabinete, sendo acusado de nepotismo. Ainda como prefeito, tomou outra iniciativa definidora do seu perfil, que na época não despertou suspeitas: no cinqüentenário do Opus Dei, em 1978, ele batizou uma rua da cidade com o nome de Josemaría Escrivá de Balaguer, o fundador desta seita fascista.
Na seqüência, ele foi eleito deputado estadual (1982) e federal (1986). Na Constituinte, em 1998, teve uma ação apagada e recebeu nota sete do Diap; em 1991, tornou-se presidente da seção paulista do PSDB ao derrotar o grupo histórico do partido, encabeçado por Sérgio Motta. Em 1994, Mário Covas o escolheu como vice na eleição para o governo estadual. Já famoso por sua truculência, coube-lhe presidir o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização.

Centralizador e a “turma de Pinda”
As privatizações das lucrativas estatais foram feitas sem qualquer transparência ou diálogo com a sociedade, gerando muitas suspeitas de negócios ilícitos. Nas eleições para a prefeitura da capital paulista, em 2000, obteve 17,2% dos votos, ficando em terceiro lugar. Com a morte de Covas, em março de 2001, assumiu o governo e mudou toda a sua equipe, causando desconforto até em setores do PSDB. Em 2002, ele foi reeleito governador no segundo turno, com 58,6% dos votos.
Numa prova de sua vocação autoritária, um de seus primeiros atos no governo foi nomear, para o estratégico comando do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, o delegado Aparecido Laerte Calandra – também conhecido pela alcunha de “capitão Ubirajara”, que ficou famoso como um dos mais bárbaros torturadores dos tempos da ditadura. Com a mesma determinação, o governador não vacilou em excluir os históricos do PSDB do Palácio dos Bandeirantes, cercando-se apenas de pessoas de sua estrita confiança e lealdade – a chamada “turma de Pinda”.
Criminalização dos movimentos sociais
Como governador de São Paulo, Alckmin nunca escondeu sua postura autoritária. Ele se gabava das ações “enérgicas” de criminalização dos movimentos sociais e de satanização dos grevistas. Não é para menos que declarou apoio à prisão dos líderes do MST no Pontal do Paranapanema; aplaudiu a violenta desocupação de assentados no pátio vazio da Volks no ABC paulista; elogiou a prisão do dirigente da Central dos Movimentos Populares (CMP), Gegê; e nunca fez nada para investigar e punir as milícias privadas dos latifundiários no interior do estado.
Durante seu governo, o sindicalismo não teve vez e nem voz. Ele se recusou a negociar acordos coletivos, perseguiu grevistas e fez pouco caso dos sindicalistas. Que o digam os docentes das universidades, que realizaram um das mais longas greves da história e sequer foram recebidos; ou os professores das escolas técnicas, que pararam por mais de dois meses, não foram ouvidos e ainda foram retalhados com 12 mil demissões.

A linguagem da violência
Os avanços democráticos no país não tiveram ressonância no estado. Alckmin sabotou os fóruns de participação da sociedade criados no governo Lula, como o Conselho das Cidades. Avesso ao diálogo, a única linguagem do ex-governador foi a da repressão dura e crua. Isto explica a sua política de segurança pública, marcada pelo total desrespeito aos direitos humanos e que transformou o estado num grande presídio – em 2006, eram 124 mil detentos para 95 mil vagas.
Segundo relatório oficial, o ex-governante demitiu 1.751 funcionários da Febem, deixando 6.500 menores em condições subumanas, sofrendo maus-tratos. Nos seus quatro anos de governo, 23 adolescentes foram assassinados nestas escolas do crime, o que rendeu a Alckmin a condenação formal da Corte Internacional da OEA.

A submissão dos poderes
Contando com forte blindagem da mídia, Alckmin conseguiu submeter quase que totalmente o Poder Judiciário, infestando-o de tucanos, e garantiu uma maioria servil no Poder Legislativo. Através de um artifício legal do período da ditadura militar, ele abortou 69 pedidos de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) na Assembléia Legislativa – destas, 37 tinham sido solicitadas para investigar irregularidades, fraudes e casos de corrupção da sua administração.
Como sintetiza o sociólogo Rodrigo Carvalho, no livrete “O retrocesso de São Paulo no governo tucano”, Geraldo Alckmin marcou sua gestão pela forma autoritária como lidou com a sociedade organizada e pelo rígido controle que exerceu sobre os poderes instituídos e a mídia. “Alckmin trata os movimentos sociais como organizações criminosas, não tem capacidade de dialogar e identificar as demandas da sociedade… Além disso, ele utilizou sua força política para impedir qualquer ação de controle e questionamento das ações do governo”.
Fonte: Blog do Miro