30 dezembro 2009

Kassab, Serra e Arruda “lideram” Corrida de São Pilantra

29 de Dezembro de 2009 - 14h35

 

O prefeito Gilberto Kassab (DEM), com seu aumento astronômico no IPTU, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), além de José Arruda (DEM), governante do Distrito Federal, estão disputando voto a voto a liderança da 12a Corrida de São Pilantra 2009, santo padroeiro das elites do Brasil.

A “corrida”, promovida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região desde 1998, foi realizada nesta terça-feira (29) nas ruas do Centro Velho de São Paulo e faz contraponto irônico à famosa Corrida de São Silvestre. A paródia da São Silvestre destaca todos que abusaram do poder este ano para prejudicar os bancários e a população.
“Os bancários estão participando com vontade, dando seu voto de protesto contra aqueles que consideram ter atrapalhado a vida da categoria e dos cidadãos em 2009”, conta a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira.
Além de Serra, Kassab e Arruda, estão no páreo da São Pilantra 2009 o presidente da Febraban, Fabio Barbosa, da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda, do HSBC, Conrado Engel, os senadores José Sarney (PMDB) e Fernando Collor (PTB).
Com informações do Sindicato dos Bancários

Fonte: Vermelho

Tv no Busão

Mídia

29 de Dezembro de 2009 - 16h27

Televisão no meu busão, não!

No início de 2007, os/as usuários/as de ônibus de São Paulo foram pegos de surpresa. Quem entrava num ônibus e pretendia chegar ao seu destino com segurança, respeito e rapidez, recebia uma propaganda do Mcbacon, uma porção de videoclipes de grandes gravadoras e um bocado de "pegadinhas" e "videocassetadas".

Começava aí o ataque em massa dos interesses privados sobre o espaço público e o tempo coletivo na autodenominada "Cidade Limpa". O site da empresa responsável pela instalação dos televisores nos ônibus e pela transmissão do sinal deixava bem clara a vantagem do sistema: "Audiência cativa pelo período médio de duas horas por dia", "único canal sem risco de zapping", "foco único de atenção a bordo dos ônibus".
Após um curto período de teste, o sistema foi expandido. Outras empresas de transmissão entraram no negócio e novas concessionárias de transporte instalaram televisores sobre a cabeça de seus usuários.
Numa época de queda geral de audiência, a novidade vinha bem a calhar com os interesses das grandes emissoras do país. Com uma massa de pessoas confinadas diante de telas de televisão exibindo uma programação incessante estaria instituído o fim do controle remoto, o fim da ida ao banheiro, o fim do botão "desligar".
Foi, então, em 2009, que o sequestro dos olhares se consolidou. A Rede Globo, um dos maiores oligopólios de mídia do mundo, entrava no jogo. A teleidiotização dos cidadãos de São Paulo estava, finalmente, garantida.
Hoje, todos os dias, em centenas de ônibus da cidade, capítulos legendados das novelas e outros enriquecedores programas da Globo acompanham todo cidadão que, dentro do busão, revolta-se com o trânsito de carros parados e a qualidade do serviço de transporte mais caro do país.
Contra esse ataque a nossas mentes, contra a privatização do espaço público, contra a priorização do transporte privado motorizado e contra o avanço da comercialização de um direito, protestamos!
Fonte: Centro de Mídia Independente

09 dezembro 2009

 LUIZA..

02 dezembro 2009

Movimentos1 de Dezembro de 2009 - 16h14


Movimento de luta contra a aids protesta contra Serra

Ativistas do movimento nacional de luta contra a aids protestam contra mudança na administração do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. O Conselho Nacional de Saúde também é contrário às alterações administrativas na instituição.



Menifestantes demonstram indignação com administação Serra na saúde e têm apoio do Conselho Nacional de Saúde

Cerca de 200 pessoas se reuniram em frente ao Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, com objetivo de protestar contra a presença da Fundação Faculdade de Medicina (FFM) na gestão do instituto. Segundo o presidente do Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo – entidade que organizou o protesto – Rodrigo Pinheiro, “essa medida que o governo Serra tomou não foi discutida, principalmente com a sociedade civil”. A manifestação foi realizada na manhã desta terça-feira (1/12), Dia Mundial de Luta Contra a Aids.



“Um dos objetivos do protesto é saber a real função da Fundação na gestão do Emílio Ribas. Isso ainda não ficou transparente. Também queremos que a sociedade civil e o Ministério Público acompanhem todo o processo”, explicou Pinheiro.



Aos gritos, manifestantes que usavam nariz de palhaço diziam: “Tenho aids, tenho pressa. Saúde é o que interessa”; “ O Emílio Ribas é do povo, saúde para todos”; “ Serra, vende não, Emílio é do povão”; “ Não ao preconceito, queremos respeito”.



Para Áurea Abbade, advogada e coordenadora do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (Gapa/SP), “a decisão do governo foi um ato escondido, pois ele esperou todos os ativistas viajarem para o Encontro Nacional de ONG/Aids (Enong), no Rio de Janeiro, para divulgar a mudança”.



Durante a manifestação, o ativista José Roberto Pereira (Betinho) declarou que não há o que comemorar no Dia Mundial de Luta Contra a Aids. “Queremos tratamento contra a lipodistrofia e mais respeito para as pessoas que vivem com o vírus e a doença”.



Fonte: Agência de Notícias da Aids

30 novembro 2009

Presidente da Fundação Casa afasta diretora e oito funcionários

Wellington Alves - Foto: Ana Paula Almeida    28/11/2009 08:35
Nove funcionários da unidade III da Fundação Casa, antiga Febem, no Jardim Aracília, foram afastados por determinação da presidente da instituição, Berenice Maria Giannella

Nove funcionários da Fundação Casa foram afastados da unidade na cidadeNove funcionários da Fundação Casa foram afastados da unidade na cidade

veja mais fotos

Entre os retirados dos postos, estão a diretora, a encarregada técnica, os cinco coordenadores das equipes de segurança e mais dois empregados. Todos serão realocados para outras unidades fora de Guarulhos até o término da sindicância que apura abuso sexual e agressões físicas contra as meninas.
Na segunda-feira uma confusão envolvendo as internas permanentes deixou 21 das 26 garotas feridas. As 12 meninas que estão provisoriamente no local não se envolveram no conflito por ficarem em espaço separado. A Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescentes (CDDCA), da subseção Guarulhos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), denuncia possíveis maus tratos às garotas.
Berenice explicou que a Ouvidoria e a Corregedoria da Fundação Casa ficarão na unidade III até o término as investigações. Ela confirmou que houve erros da diretoria na condução do local. "Aconteceram brigas entre adolescentes desde sexta e não fomos comunicados. Houve quebra de confiança em relação à direção."
A presidente da Fundação Casa negou as denúncias de que as meninas não teriam atividades durante a tarde. "Elas estavam ensaiando para uma peça teatral e apresentação musical. Também temos cursos profissionalizantes." No entanto, Berenice admitiu que o modelo pedagógico da unidade não teve aprovação do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. "Algumas das nossas unidades não possuem registro por conta do comportamento político das prefeituras. É um absurdo. Mas temos autorização do Judiciário para atuar."
O delegado assistente do 4º Distrito Policial (DP), Luciano Vaz Carneiro, conta que o inquérito criminal sobre o caso deve ser finalizado em dois meses. "Na próxima semana espero ouvir todas as meninas da unidade." Para o presidente da OAB Guarulhos, Airton Trevisan, o afastamento dos funcionários era uma medida necessária. "Imaginávamos que o modelo de Febem tivesse chegado ao fim, mas ele se mantém. É um depósito de jovens em que não é feito nada para recuperá-los."
Membros da CDCCA conversaram com as internas durante a semana. Entre os relatos das garotas, consta violência física para conter crises, falta de atividades, castigos que vão desde a proibição de banhos até não poder enviar ou receber cartas, além do envolvimento sexual por parte dos funcionários com as meninas. As famílias das garotas também não podem levar qualquer tipo de alimento para elas. A presidente da Fundação não tinha informações se as denúncias eram verdadeiras. "Recomendamos que as internas possam receber bolos ou algum doce se for levado por familiares. O restante está sendo apurado. Se houve excesso dos funcionários eles serão processados e demitidos."
No dia 17 de novembro o Guarulhos Hoje publicou com exclusividade o assassinato de um jovem de 17 anos, interno da unidade masculina da Fundação Casa em Guarulhos. Ele foi espancado até a morte no banheiro da instituição por um grupo de oito internos. Sobre este caso, Berenice informou que foi aberta outra sindicância. "Não ligamos um episódio ao outro. A Corregedoria está investigando a morte do jovem."

Fonte Guarulhosweb

23 outubro 2009

Desculpas? como assim??

  • Comandante da PM pede desculpas pelo caso AfroReggae

    22 de outubro de 2009 23h40

 

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, afirmou nesta quinta-feira estar envergonhado com a conduta dos policiais militares do 13º Batalhão (Centro), que teriam extorquido o assassino do coordenador do grupo AfroReggae, Evandro João Silva, e o liberado pouco depois do crime, na madrugada de segunda-feira, e pediu desculpas.

"É preciso pedir desculpas à sociedade. A PM errou e nesses casos temos que cortar na própria carne", disse Mário Sérgio. Silva foi morto a tiros durante um assalto.

Os criminosos fugiram com sua carteira, um par de tênis e um casaco, mas foram interceptados por um carro da polícia em que estavam o cabo Marcos de Oliveira Salles e o capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro.

Tudo foi gravado por câmeras de segurança. Primeiro, um dos criminosos passa com os pertences roubados. Depois, rendido pelos policiais, entrega os bens e é liberado. Um policial aparece carregando o produto do roubo para a viatura.

A prisão preventiva dos policiais deve ser pedida na sexta-feira. Eles estão presos administrativamente. Hoje, em depoimento, o capitão Bizarro negou ter omitido socorro à vítima do latrocínio, embora o carro tenha passado perto do corpo

Até quando?

Notícias » Brasil » Brasil

PM discutirá morte de coordenador com líder do AfroReggae
22 de outubro de 2009 21h05 atualizado às 22h04

Comentários
1
  1. Notícia
  2. Fotos

A viatura da polícia (em destaque) passou por Evandro, que agonizava Foto: Reprodução

A viatura da polícia (em destaque) passou por Evandro, que agonizava
22 de outubro de 2009
Foto: Reprodução

O comandante da Polícia Militar do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, vai receber na sexta-feira o coordenador-executivo do grupo AfroReggae, José Júnior. O encontro foi marcado para as 14h, no Quartel General da corporação. Eles vão tratar das investigações sobre a morte do coordenador de Projetos Sociais do AfroReggae, Evandro José Silva, ocorrida na madrugada de domingo, em um assalto no centro.

As câmeras de segurança lojas próximas registraram a presença de dois policiais militares no local, que chegaram a abordar os dois assaltantes, mas depois os liberaram, ficando em poder de um par de tênis e uma jaqueta de Evandro José Silva. As imagens também mostram que os PMs não prestaram socorro à vítima, que estava caída na calçada.

O cabo Marcos de Oliveira Salles e o capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro foram identificados como os dois policiais que não socorreram o coordenador do AfroReggae. Eles cumprem prisão administrativa no 13º Batalhão, onde são lotados.

Em entrevista coletiva, o comandante da PM disse que "é sempre ruim, é sempre uma frustração muito grande saber que a polícia trabalhou mal, que a polícia errou".

22 outubro 2009

Plano Nacional de Banda Larga: essa briga também é da juventude
PDF
Imprimir
E-mail

Seg, 19/10/09 12h33

O Ministério do Planejamento voltou a defender nesta quinta-feira (15/10) o projeto que cria a rede pública de banda larga, que, segundo a informação do órgão, deverá utilizar a infraestrutura de fibra ótica da falida Eletronet e de outras empresas do setor elétrico. A proposta é uma das que vêm sendo discutidas no governo como alternativa para viabilizar um plano nacional de banda larga. O argumento é que a criação dessa rede pública incetivaria a concorrência no setor de telecomunicações e permitiria a oferta de serviços de banda larga a regiões do país onde ainda não existem. O projeto do Ministério do Planejamento é criticado por especialistas do setor, sob o argumento de que não cabe ao governo criar e gerenciar uma rede de telecomunicações, mas sim oferecer serviços de e-gov para a população que utiliza essa infraestrutura.
O abuso do setor privado na área das telecomunicações já é bem conhecido pelo consumidor brasileiro e é sabido também que a privatização do setor, realizada no governo FHC, tratou de desregular totalmente uma área estratégica para o desenvolvimento brasileiro. Segundo Renato Guerreiro, ex-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, "o foco na infraestrutura é atrasado. O Estado investir em infraestrutura significa desviar recursos para algo que já é feito pela iniciativa privada".
A queda de braço que se avizinha parece ser grande, pois contra-argumenta o Ministério do Planejamento, “não há porque deixar deixar de usar uma infraestrutura pública, que já recebeu investimento para ser criada”. Pelas contas do Ministério, a rede de fibra óptica das empresas elétricas soma 31 mil quilômetros, o que permite alcançar 4.200 municípios com acesso via rádio na ponta final. O investimento para isso seria em torno de 1,3 bilhão de reais. "Hoje o governo gasta 850 milhões de reais com serviços de comunicação. Parte desse valor seria economizado", afirma.
Além do Ministério do Planejamento, que já apresentou seu plano à presidência da República, o Ministério das Comunicações também prepara sua versão do plano nacional de banda larga, o que parece ser a resposta definitiva do setor privado.
Será fundamental que a juventude interfira diretamente no debate, pois além de defender os interesses públicos no setor, a chamada cultura digital ou cyber-cultura tem interesse direto no Plano e é evidente que a garantia de banda larga gratuita não é de interesse do setor privado. Aguardemos os próximos capítulos...
Márcio Cabral é diretor de movimento estudantil universitário da UJS

Serra e PIG

Qualquer semelhança não é mera coincidência


Serra deixou estourar o prazo estabelecido pelo Ministério das Comunicações, que fixava 15 de setembro como data limite para os governos estaduais convocarem suas conferências. Como deixou de fazê-lo, a Assembleia Legislativa de São Paulo assumiu a tarefa e, em 19 de setembro, começaram oficialmente os trabalhos. Na verdade, uma corrida contra o tempo para cumprir os prazos legais, prejudicados pela letargia do governador.

Conferência de Comunicação

letargia de Serra atrasa convocação

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), tergiversou o quanto pode, empurrou com a barriga — até que, em 15 de setembro, deixou claro que não convocaria a 1ª Conferência Estadual de Comunicação.

Por José Carlos Ruy*
Trata-se da etapa de um processo que, desde abril, mobiliza a sociedade na construção do debate nacional por uma mídia moderna, que corresponda aos anseios de democratização mais profunda de nosso país. Processo que vai culminar, em dezembro, na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que vai acontecer em Brasília.
Serra deixou estourar o prazo dado pelo Regimento Interno estabelecido pelo Ministério das Comunicações, que fixava 15 de setembro como data limite para os governos estaduais convocarem suas conferências. Como deixou de fazê-lo, a Assembleia Legislativa de São Paulo (segunda na ordem de precedência para essa convocação, com prazo até 20 de setembro) assumiu a tarefa e, em 19 de setembro, começaram oficialmente os trabalhos. Na verdade, uma corrida contra o tempo para cumprir os prazos legais, prejudicados pela letargia do governador.
Em São Paulo, depois de muita negociação, ficou estabelecido que a Comissão Organizadora da Conferência Estadual seria formada por 39 titulares e seus suplentes, divididos paritariamente entre os representantes do poder público (13), da sociedade civil (13) e da sociedade civil empresarial (13). As vagas daquele setor que não conseguisse preencher sua cota seriam divididas entre os outros dois. Foi o que ocorreu — a sociedade civil empresarial indicou nove representantes, e as quatro vagas que sobraram foram divididas entre os demais. No final, ficou assim: Poder Público, 15; sociedade civil, 15; sociedade civil empresarial, 9.
Foi nessa correria que a Comissão Organizadora paulista se instalou oficialmente em 5 de outubro, iniciando a discussão do regimento interno do evento — tudo a toque de caixa, para ganhar tempo para o debate mais substantivo, que envolve desde as providências materiais (infra-estrutura, propaganda, etc.) até o debate das teses que os delegados paulistas defenderão na Conferência Nacional.
Apesar do empenho das entidades da sociedade civil que, mobilizadas desde o início do ano, já acumularam uma extensa pauta de discussão, o estado de São Paulo, graças ao descaso de seu governador, está na rabeira do debate organizado e, principalmente, da organização da Confecom, processo em andamento em dezenove estados e no Distrito Federal. Mas São Paulo, onde estão as sedes das principais cadeias nacionais de comunicação — como a Editora Abril, as TVs Bandeirantes e Record, os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo, e que detém 60% do faturamento brasileiro do setor —, claudicou, apesar das pressões feitas por quase uma centena de entidades da sociedade civil.
As protelações de José Serra não impediram, contudo, o início processo da Conferência, embora atrasado. Mesmo com tempo escasso, a Comissão Organizadora trabalha para definir as normas do debate do tema proposto pela portaria 667 (de 03/09/2009) do ministro das Comunicações, "Comunicação: Direito e Cidadania na Era Digital", organizado em torno de seus três eixos temáticos — "Produção de Conteúdo", "Meios de Distribuição" e "Cidadania: Direitos e Deveres".
A discussão será árdua mesmo porque vai envolver temas fundamentais para o fortalecimento e consolidação da democracia brasileira. Ela envolve uma série de abordagens, como a busca de uma mídia democrática, a defesa da cultura nacional (e da produção de conteúdos nacionais); a construção de uma rede pública de comunicação com finalidade educativa, cultural e artística e que estimule a produção independente e regional; a abertura da "caixa-preta" representada pela lei de concessões e o respeito às normas constitucionais vigentes, que proíbem a formação de monopólios; a revisão dos critérios de distribuição das verbas publicitárias das várias esferas de governo, democratizando-a e descentralizando-a; o estímulo à rádio difusão comunitária e o investimento no processo de inclusão digital; o fortalecimento das publicações alternativas (convencionais e eletrônicas) ligadas às forças progressistas e aos movimentos sociais, fomentando a difusão ampla e múltipla das correntes de opinião e de pensamento presentes na sociedade brasileira.
Este é o desafio da conferência. Em São Paulo, ele corre contra o tempo para ter na conferência nacional um papel que corresponda aos desafios apresentados pela centralidade do estado neste importante segmento responsável pela difusão cultural e política. Segmento que é a arena privilegiada onde ocorre a luta pela garantia, ampliação e consolidação da democracia brasileira.

Fonte Vermelho

13 outubro 2009

Movimentos

12 de Outubro de 2009 - 14h55

Argemiro: os 12 (ou Nove) de O Globo e os "pelegos" da UNE

Ao deparar na internet — aqui na Argentina, onde estou hoje — com a primeira página de O Globo de quarta-feira (7), enfeitada pela foto a cores de uma dúzia de graciosos alunos de escolas particulares da Zona Sul do Rio, “apartidários” e “apolíticos”, a lançar “novíssimo movimento estudantil” pela reforma do ensino, não resisti à tentação de questionar outra vez esse jornalismo.
Por Argemiro Ferreira, em seu blog

Os leitores, eu e a torcida do Flamengo temos visto muitas fraudes no passado recente. Sabemos que às vezes elas nascem assim. Por que uma dúzia de moças e rapazes bonitos e bem vestidos, do Leblon, Ipanema, Gávea e adjacências, tornam-se notícia dessa forma em O Globo — quase sempre amplificada depois por outros veículos audiovisuais do mesmo império Globo de mídia?
Pergunto, em primeiro lugar, se jornalisticamente aquela reuniãozinha de adolescentes bem nascidos merece tal espaço na mídia nacional. Que diabo, como filhos do privilégio representam muito menos do que, por exemplo, um grupo de adolescentes sofridos do Nordeste, tão afetados como eles pelo adiamento da prova do Enem — o pretexto invocado em O Globo.
A aristocracia da elite branca

A diferença entre alunos do Nordeste e os de escolas particulares da Zona do Sul do Rio começa nos sobrenomes. Se prevalecem lá os Silva, como a família do atual presidente, os reunidos em O Globo são De Lamare, Di Célio, Bevilacqua, Lontra, Bustamante, Bekken, Glatt e outros de igual linhagem — famílias talvez afinadas com a ideologia dos irmãos Marinho.
A foto posada (com grande angular) da primeira página, feita em condomínio da Gávea, permite a suposição de que o tal “novíssimo movimento estudantil” anunciado pela sigla Nove (de “Nova Organização Voluntária Estudantil”) pode ter nascido na própria redação de O Globo e tem entre suas causas até o repúdio à ação afirmativa. São todos brancos, se não de sangue azul.
Para o jornalista Ali Kamel, guardião zeloso da doutrina da fé empenhado em uniformizar o discurso ideológico nos veículos do império Globo, “não somos racistas” no Brasil. A partir dessa tese nossa elite rejeita em nome da igualdade racial quotas destinadas a favorecer o ingresso na universidade de não brancos — talvez para perpetuar os privilégios atuais até o final dos tempos.
Nas páginas internas da mesma edição impressa de O Globo, conforme tive o cuidado de conferir na versão digital que a reproduziu, a reportagem foi estrategicamente colocada ao lado da coluna de Merval Pereira — a que abraça com fidelidade canina as ordens da cúpula do império de mídia mais arrogante do país e ostensivamente dedicado desde 2005 à derrubada do presidente.
A tradição coerente do golpismo

Os 12 (ou Nove) de O Globo parecem representar exatamente a tradição desse jornal (e dos Marinho), que ao longo dos anos, em matéria de educação, foi sempre retrógrado e antidemocrático — em especial quando a UNE e as entidades estaduais filiadas a ela lutavam contra o golpismo militar e na subseqüente ditadura que torturou, matou, censurou a imprensa e perseguiu o movimento estudantil.
Não por acaso o império Globo floresceu à sombra da ditadura por aplaudir os generais. Orgulha-se hoje — ao lado do El Mercúrio, pinochetista do Chile, e do Clarín argentino — de estar entre as maiores corporações de mídia do continente, premiadas pelos algozes da democracia e pelos interesses externos porque sempre ficaram contra os dos respectivos países.
Em texto posterior, publicado na quinta-feira (8) e motivado pela reação do presidente da União Nacional dos Estudantes, Augusto Chagas, o jornal condescendeu em expor a resposta deste aos 12 de O Globo. Mas além de ter tido o cuidado de minimizá-lo e situá-lo ao pé de outra página, ainda aduziu minieditorial no qual acusa a UNE de “peleguização”.
Contra os interesses nacionais

Fica claro que “pelegos”, na visão dos irmãos Marinho, são os líderes da UNE, criada corajosamente na década de 1940 para defender os interesses do país contra o avanço do Eixo nazifascista. De nada importa ao jornal a explicação de que os fóruns da entidade não são gatos pingados da elite; reúnem mais de 1.500 centros acadêmicos do país, nos quais atuam centenas ou milhares de estudantes.
Como Chagas, também o presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Ismael Cardoso, tentou informar ao império Globo de mídia que as entidades realmente representativas dos estudantes há muito debatem a questão do Enem e até fizeram críticas à pressa para implantar a nova prova — pressa que pode ter contribuído para o vazamento.
A motivação dos 12 de O Globo é outra. Se não foram escolhidos por ninguém, representam quem — ou o que? Têm só de se submeter à ideologia golpista do jornal, na contramão da história e do aperfeiçoamento democrático. É o que basta para saírem na primeira página. Resta agora guiarem-se pelos editoriais. Por exemplo, aplaudindo a Colômbia submissa, sob ocupação militar dos Estados Unidos, e a Honduras do golpe, repudiada no mundo inteiro.

Leci Brandão, “socialista com certeza”, fala de política e samba

As longas guias de contas azul-marinhas e vermelhas indicam, em seu pescoço, quem são seus orixás. Filha de Ogum e Iansã, mas especialmente de Dona Leci, Leci Brandão não esconde o espírito guerreiro de suas divindades. Um dos maiores nomes do samba, a cantora – que quase virou jornalista – diz que sempre fez “reportagens musicais” para retratar a realidade das periferias.
Por Priscila Lobregatte

Leci Brandão

Leci: sistema não gosta de artista consciente

Criada no subúrbio do Rio de Janeiro e constantemente presente às periferias de todo país, Leci conhece bem a realidade do povo brasileiro. Nesta entrevista ao portal Vermelho, dada no final de agosto em um restaurante de São Paulo após almoço entre amigos, a cantora fala de música, mas principalmente de sua visão política. “Fazia meu trabalho e percebia que existia uma identidade entre os movimentos populares e eu”, diz, lembrando que sofreu algumas interrupções em sua carreira “porque o sistema não gosta de artista consciente, do artista que fala de luta social ou que briga politicamente por alguma coisa”. Por fim, afirmou: “sou socialista com certeza”.
Você ganhou o Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantora de Samba. Como vê esse tipo de reconhecimento?
Mandei o meu CD (“Eu e o samba”) para o concurso, havia cerca de 300 artistas concorrendo e foram premiados 31 deles. E tive essa grande felicidade. Não sabia que meu CD teria essa aceitação tão legal. Fiquei muito feliz mesmo. Agora, preciso arrumar nova gravadora – já que a que estava prometeu divulgação e não fez – e começar o novo álbum. Ou seja, agora, estou desempregada. Preciso também de incentivo para gravar meu DVD voltado para a questão da diversidade. Quero gravar músicas de todas as regiões e espero que consiga até o final do ano.
Você é uma artista muito respeitada também no meio hip hop, que é um movimento cultural muito ligado à política...

Os meninos do rap e do hip hop, para mim, representam a juventude que fazia o protesto lá nos anos 1960, que o pessoal da MPB fazia e não faz mais. São esses meninos que fazem a música de protesto. Eles falam da realidade das comunidades deles de maneira muito apropriada e não são reconhecidos, não há espaço para eles na mídia. Agora, o funk, por exemplo, que fala de baixaria e tal, a mídia gosta. As letras sérias desses meninos não têm abertura. Fico muito entristecida com a mídia nesse sentido.
Acredita que movimentos culturais como o hip hop pode reaproximar a juventude da política?

Com certeza. Esse resgate pode ser feito inclusive com muita propriedade pelo pessoal do rap, do hip hop e do próprio samba porque nosso trabalho é popular, estamos sempre cantando nas periferias, nas praças, nas cadeias. Acho que a gente pode fazer uma modificação na forma como a juventude encara a política.
O que a levou a se aproximar de partidos e organizações de esquerda?
Na verdade, nunca me aproximei dos partidos. Os partidos é que sempre me convidaram porque as pessoas percebiam nas minhas músicas e nas minhas apresentações – ainda no Teatro Opinião e na Mangueira – o meu posicionamento político, que sempre esteve presente em meu trabalho. Então, passei a ser chamada por sindicatos e partidos para shows sem que fosse filiada a nenhum deles. Costumo dizer que faço “reportagens musicais” porque procuro retratar a realidade. A música “Anjos da Guarda”, por exemplo, nunca foi tocada em rádio, mas tudo quanto é sindicato de professores pelo país toca essa música em passeata. Acabou sendo uma simbiose: fazia meu trabalho e percebia que existia uma identidade entre os movimentos populares e eu. Sempre foi assim nesses meus 35 anos de carreira, o que inclusive fez com que eu sofresse algumas interrupções porque o sistema não gosta de artista consciente, do artista que fala de luta social ou que briga politicamente por alguma coisa.
Em que momento ficou clara para você essa característica do “sistema”?
Durante os cinco anos em que fiquei sem gravadora. Apresentei um repertório em 1981 – que entre outras músicas tinha “Zé do Caroço”, que hoje é um sucesso, e “Deixa, deixa” – e uma gravadora multinacional disse que aquele repertório não a interessava, que eu devia ir para casa fazer outras músicas. Ou seja, fiquei sem gravadora até 1985. E fiquei sobrevivendo fazendo shows. Colocava meu LP debaixo do braço e ia ao trabalho.
Recentemente você reassumiu cargo no Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial...
É. Estive no Conselho convidada pela então ministra (da Secretaria da Igualdade Racial) Matilde Ribeiro. Com sua saída, achei que não devia continuar e agora o ministro Edson Santos me convidou para retornar e tomei posse dia 11.
E que possibilidades você vê na atuação desse Conselho na luta contra a discriminação racial?

O Conselho recebe reivindicações variadas dos movimentos sociais – como os de negros, indígenas, ciganos, palestinos etc. Precisamos, por exemplo, atentar sempre para a questão da lei 10.639/2003 (que estabelece o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira), para as ações direcionadas ao combate da anemia falciforme – com maior concentração nas crianças de raça negra -, acompanhar a aplicação, pelas empresas, do cumprimento das cotas porque infelizmente tudo depende de cotas. Mas, brigamos principalmente para que as políticas públicas que o governo oferece para a população menos favorecida sejam efetivamente colocadas em prática.
Nesse sentido, como avalia o governo Lula?

Para repetir o que o presidente costuma falar, nunca antes na história do país tivemos ações desse tipo. E é verdade. Nunca tivemos uma secretaria, com status de ministério, que se preocupasse com essas questões. Foi um compromisso do Lula para atender às demandas da população negra. Outra questão que acho importante é o Bolsa Família. Há muita gente que acha que não se deve dar alimento, que tem que dar trabalho. Mas tem gente que nunca comia nada, que passava fome mesmo e o programa fez com que as pessoas pudessem ao menos se alimentar. O programa Minha Casa, Minha Vida é outro projeto muito legal porque as pessoas vão ter realmente a possibilidade de ter uma casa. A retirada do IPI beneficiou a classe C, que passou a poder ter seu carrinho, trocar sua geladeira, seu fogão. A questão do crédito – e mesmo dos juros que baixaram um pouco – criou condições para que as pessoas mais simples pudessem ter suas coisas. O ProUni e as cotas nas universidades são também muito importantes. Estamos brigando para que a cota seja cumprida porque se não o negro jamais vai poder ter curso superior. O governo Lula, em termos de oportunidades para a população mais carente, está sendo muito bom. Não é à toa que, com todas as confusões que existem na política, a aprovação dele continua em alta. Lula é chamado até para tentar resolver conflito no Oriente Médio. Não estudou na Sorbonne, mas é um cara muito inteligente.

Você falou sobre as “confusões da política”. E hoje parece haver uma resistência muito grande aos políticos...

É uma grande campanha, na verdade. Hoje a televisão e os jornais conduzem o pensamento brasileiro de uma forma muito direta. Episódios como o “mensalão” e confusões desse tipo são muito ruins para a política brasileira. O problema é que as pessoas pensam em radicalizar, ou seja, dizer que todo político é corrupto, é ladrão e não é assim. Há muitas pessoas no parlamento cuidando para fazer leis que ajudem nosso povo. Não se pode colocar tudo na mesma frigideira. Existem os bons parlamentares. Agora, acho que tem de haver uma assepsia muito grande porque na hora em que surge qualquer foco ruim, você percebe que todo mundo tem uma historinha ruim para contar sobre o outro, ou seja, parece que está todo mundo preso na mesma corda.
É um problema da estrutura política?

É um problema da estrutura política nacional. As pessoas não se candidatam para exercer a política, mas para se dar bem, para enriquecer seu patrimônio, empregar outras pessoas, fazer acordos com empreiteiras. Mas, nas últimas eleições muitas oligarquias perderam poder político. Percebe-se que o eleitor está mais atento. Hoje tem a TV Senado, a TV Câmara, que já ajudam a aproximar a população do legislativo. Agora, a população também precisa saber que deve dar oportunidade às pessoas que são honestas e estão querendo fazer algo legal.

Como avalia a experiência das mulheres na política, especialmente as mulheres negras?

Todos os nossos ícones caíram por terra, como Benedita (da Silva), a Matilde (Ribeiro) e isso é muito ruim para a mulher negra. A gente se sente muito carente de líderes. Quer dizer, será que nunca teremos uma mulher negra que entenda dos nossos problemas, sem que haja alguma coisa para a mídia explorar e acabar com a sua imagem? A mídia é cruel com a mulher negra. A ministra Matilde fez uma série de ações positivas e ninguém publicou nada, agora quando teve o episódio do cartão (corporativo), ela saiu em todos os jornais.

Você é socialista?

Sou socialista com certeza e acho que percebi isso desde que comecei a trabalhar fora. Na fábrica de cartuchos em que trabalhava, quando via uma injustiça, eu sempre saia para defender os trabalhadores, tomava a frente, ajudava pessoas que eram analfabetas e queriam escrever para a família. Brigava pelos direitos das pessoas e nunca gostei de injustiça de nenhuma espécie. E vou continuar sendo assim.
Saiba mais sobre a vida e a obra de Leci Brandão em http://www.lecibrandao.com.br/

09 outubro 2009

Conferência municipal de cultura

(Inscrições no site da Prefeitura até dia 21)

DECRETO Nº 26883
Dispõe sobre a convocação da Conferência
Municipal de Cultura, etapa integrante da Conferência
Estadual e da II Conferência Nacional de Cultura, e
eleição do Conselho Municipal de Cultura.
SEBASTIÃO ALMEIDA, PREFEITO DA CIDADE
DE GUARULHOS, no uso de suas atribuições que lhe
confere o inciso XIV, do artigo 63 da Lei Orgânica do
Município, considerando o disposto na Portaria Ministerial
nº 46, de 10 de julho de 2009, que convoca a II Conferência
Nacional de Cultura e torna público seu Regimento
Interno, e considerando a autorização contida no inciso
XII do artigo 2º e parágrafo único do artigo 3º da Lei
Municipal nº 6.541, de 20 de julho de 2009;
DECRETA:
Art. 1º Fica convocada a Conferência Municipal de
Cultura de Guarulhos, a ser realizada nos dias 24 de
outubro de 2009 às 19h00 e 25 de outubro de 2009 às
09h00, no Teatro Adamastor - PIMENTAS, sito à
Estrada Caminho Velho, nº 333 - Pimentas, sob a
coordenação da SECRETARIA DE CULTURA.
Art. 2º A Conferência Municipal de Cultura de Guarulhos
é etapa integrante da Conferência Estadual de Cultura e
da II Conferência Nacional de Cultura e realizará seus
trabalhos a partir do tema central: “Cultura, Diversidade,
Cidadania e Desenvolvimento”, destacando-se os
seguintes eixos temáticos que nortearão as discussões,
sem prejuízo das questões locais:
I - produção simbólica e diversidade cultural;
II - cultura, cidade e cidadania;
III - cultura e desenvolvimento sustentável;
IV - cultura e economia criativa; e
V - gestão e institucionalidade da cultura.
Art. 3º A Conferência Municipal de Cultura de
Guarulhos será presidida pelo Prefeito Municipal e, na
sua ausência ou impedimento, pelo Secretário
Municipal de Cultura, e terá como objetivos:
I - discutir a cultura do Município nos seus aspectos
da memória, de produção simbólica, da gestão, da
participação social e da plena cidadania;
II - propor estratégias para o fortalecimento da cultura
como centro dinâmico do desenvolvimento sustentável;
III - promover o debate entre artistas, produtores,
conselheiros, gestores, estudiosos e pesquisadores,
investidores e demais protagonistas da cultura, valorizando
a diversidade das expressões e pluralismo das opiniões;
IV - propor estratégias para universalizar o acesso
dos habitantes do Município de Guarulhos à produção
e a fruição dos bens e serviços culturais;
V - propor estratégias para consolidação dos
sistemas de participação e controle social na gestão
das políticas públicas de cultura;
VI - aprimorar e propor mecanismos de articulação
e cooperação institucional entre os entes federativos
e destes com a sociedade civil;
VII - fortalecer e facilitar a formação e
funcionamento de fóruns e redes de artistas, agentes,
gestores, estudiosos e pesquisadores, investidores e
ativistas culturais;
VIII - propor estratégias para a implantação de
sistemas nacional, estadual e municipal de cultura e
dos sistemas de informação e indicadores culturais;
IX - coletar subsídios para elaboração do Plano
Municipal de Cultura; e
X - eleger os delegados municipais para a etapa da
Conferência Estadual de Cultura.
Parágrafo único. A eleição dos delegados aludidos
no inciso X deste artigo será realizada em plenária,
conforme critérios a serem definidos no regulamento
da Conferência Municipal de Cultura de Guarulhos a
ser publicado por meio de Portaria específica.
Art. 4º Ocorrerá ainda, por ocasião da realização
da Conferência Municipal de Cultura de Guarulhos,
nos dias e local especificados no artigo 1º deste
Decreto, a eleição dos membros representantes da
sociedade civil que comporão o Conselho Municipal
de Cultura, conforme prevê o parágrafo único do artigo
3º da Lei Municipal nº 6.541/2009.
Parágrafo único. A eleição dos membros
representantes da sociedade civil, aludidos no caput
deste artigo, será realizada em plenária, conforme
critérios a serem definidos no regulamento da
Conferência Municipal de Cultura de Guarulhos a ser
publicado por meio de Portaria específica.
Art. 5º O Conselho Municipal de Cultura será
constituído por 18 (dezoito) membros e 18 (dezoito)
suplentes, observada a representatividade da
administração pública, da classe artística e da
sociedade civil organizada da seguinte forma:
I - 9 (nove) membros titulares e seus respectivos
suplentes, indicados pelo Executivo Municipal;
II - 9 (nove) membros titulares e seus respectivos
suplentes, representantes da sociedade civil, sendo
1 (um) para cada um dos seguintes segmentos:
a) artes visuais;
b) áudio visual;
c) teatro;
d) dança;
e) livro e literatura;
f) música;
g) hip hop;
h) patrimônio histórico; e
i) cultura popular.
III - os membros eleitos cumprirão mandato de 2
(dois) anos, com direito a uma reeleição; e
IV - o Presidente do Conselho será eleito entre os
membros titulares do Conselho.
Art. 6º A Secretaria de Cultura disponibilizará os
recursos para a realização da Conferência Municipal
de Cultura de Guarulhos, incluindo a dotação
necessária, na sua proposta orçamentária anual.
Art. 7º Fica o Secretário Municipal de Cultura
autorizado a:
I - aprovar e fazer publicar por meio de Portaria
específica, o regulamento da Conferência Municipal
de Cultura de Guarulhos;
II - exercer a coordenação executiva da Conferência
Municipal de Cultura de Guarulhos; e
III - dirimir dúvidas e solucionar casos omissos da
convocação objeto deste Decreto.
Art. 8º Este Decreto entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário

08 outubro 2009

7 de Outubro de 2009 - 11h05

37 anos depois, Bergson Gurjão é sepultado com honras de Estado

Quase quatro décadas após sua morte, finalmente a família de Bergson Gurjão Farias, pode realizar o sepultamento do cearense assassinado em combate durante a Guerrilha do Araguaia. As homenagens a Bergson Gurjão aconteceram nesta terça-feira, 06 de outubro, em Fortaleza. O militante comunista, morto em 1972 no Araguaia, que teve o corpo identificado este ano, recebeu honras de Estado.

Sepultamento do Bergson As homenagens aconteceram no jardim da UFC
Expectativa, ansiedade, sentimento de justiça, emoção. Desde o início da tarde, centenas de pessoas aguardavam a chegada dos restos mortais de Bergson Gurjão a Fortaleza. Amigos, familiares, militantes comunistas, imprensa. A movimentação começou na Capela da Base Aérea de Fortaleza, local onde o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) aterrissou.

Recebido por uma salva palmas, os restos mortais de Bergson Gurjão seguiram em carro do Corpo de Bombeiros, acompanhado por cortejo, até a Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde Bergson cursava Química. Recebida por mais centenas de pessoas, a comitiva que acompanhou o trajeto, se emocionou com a recepção e os jardins da  Universidade serviram de cenário para emocionadas homenagens ao cearense.

O velório de Bergson foi também um grande encontro de gerações. Muitos dos colegas que militaram com o cearense foram render homenagens ao guerrilheiro e o comentário era unânime: “ele foi uma pessoa especial”.

O reconhecimento

Durante cerca de duas horas, vários discursos ressaltaram a importância de se virar esta página da história. Para Augusto Chagas, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), as homenagens a Bergson respondiam a quem questionava o motivo “para se abrir feridas do passado que nem deveriam ser tocadas”. Segundo o líder estudantil, “trazer Bergson de volta é uma forma de mostrar como a democracia avançou no Brasil nestes últimos anos. Mexer no passado é vislumbrar um futuro melhor e mais democrático para o país”.

Ressaltando o grande valor simbólico que Bergson teve para o PCdoB, Renato Rabelo, presidente nacional do Partido, destacou que “o comunista cearense é um cimento que constrói o sonho de uma nação. O resgate da história dos heróis e mártires de um povo é a base de um futuro grandioso". O dirigente comunista destacou o trabalho realizado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. “O que eles fazem tem valor imenso, de grande significado. Pedir desculpas e se retratar em nome do Estado Brasileiro são formas de consolidar a democracia neste país”. Renato Rabelo afirmou ainda que para o PCdoB, ter homens como Bergson representam grande incentivo e força para continuar a luta. “Devemos nos inspirar em exemplos como o Bergson. O que ele plantou, temos que continuar regando para colhermos daqui pra frente”.

O presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão Pires Junior, ressaltou que nesses dias em que Fortaleza se transformou na “Capital da Anistia”, os conselheiros puderam presenciar um ato histórico e memorável. “Este é o resgate da dignidade não só do Bergson mas de toda uma nação”. A ex-militante do movimento estudantil, Luizianne Lins, destacou a ação do governo popular do Presidente Lula que luta pelos direitos do povo. A atual prefeita de Fortaleza informou que Bergson Gurjão será homenageado também pelo município. “O nome dele será dado a uma escola no bairro Autran Nunes. Seguindo os padrões do MEC (Ministério da Educação), a escola tem capacidade para 700 crianças e foi demanda do Orçamento Participativo”, confirmou.

A voz dos amigos

Visivelmente emocionado, o deputado federal petista José Genuíno relembrou os tempos em que os estudantes realizavam reuniões clandestinas na Universidade, os contemporâneos militantes do movimento estudantil como o arquiteto Fausto Nilo e o médico Mariano Freitas e ainda comentou sobre o reencontro entre ele, então Geraldo com o amigo “Jorge” (apelido utilizado por Bergson durante a guerrilha). “Bergson vive em cada caminhada de estudantes nas ruas deste país. Hoje, ele volta para esta Universidade, onde tudo começou. Bergson faz parte de uma geração que correu todos os riscos, que deu a vida em nome do que acreditava”.

Outro contemporâneo e colega de militância também discursou emocionado. O presidente do PCdoB no Ceará, Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), ressaltou a dedicação incansável da família de Bergson em conseguir encerrar esta triste porém vitoriosa história. O comunista também destacou a presença dos movimentos sociais, juventude, sindicalistas, parlamentares, Universidade e até de companheiros guerrilheiros. Todos unidos para render homenagens ao cearense herói. “Hoje estamos acampados aqui no local que era o nosso Quartel General mas não para sair em passeata, resistindo à Ditadura. Hoje estamos aqui para homenagear você, Bergson. Hoje você volta para casa dignamente, carregando o título de herói do povo brasileiro”.

 Para o amigo Sérgio Miranda (Zó), aquele ato foi muito significativo. “Esta é a celebração da verdade contra a mentira; da memória contra o esquecimento; da justiça contra a vilania”, enfatizou. Muitos foram os adjetivos atribuídos ao amigo de juventude. “Ele era cheio de qualidades. Generoso, sempre foi a mesma pessoa nos mais diversos ambientes em que participava. Quer fosse nos jogos do Náutico Atlético Cearense, quer fosse nas periferias dando aula a jovens carentes ou ainda nas reuniões do movimento estudantil. Valoroso e corajoso, Bergson carrega qualidades que o qualificam como herói, exemplo de ser humano”, ratificou Sérgio.

Em nome da família de Teodoro de Castro, outro guerrilheiro cearense que tombou durante a Guerrilha do Araguaia, o deputado estadual Lula Morais leu uma carta onde os familiares afirmavam que o “tempo não diminui o sofrimento”. “O resgate da história de Bergson nos renova a esperança de também poder sepultar nossos entes queridos”.

Emocionada diante de tantas manifestações de apoio e das homenagens prestadas ao irmão, Tânia Gurjão afirmou: “amo todos vocês porque vocês amam meu irmão. Ele que só deixou bondade, não poderia receber outra coisa que não tanto carinho”, afirmou. Já Ielnia Gurjão agradeceu as demonstrações de solidariedade e carinho e confidenciou. “Minhas emoções ainda estão muito tumultuadas. É um misto de alegria pela chegada e de tristeza pela certeza. Bergson tinha um ideal e somos todos muito orgulhosos do legado que ele deixou para o país”, confirmou.

Memorial

Ao final da cerimônia, Bergson Gurjão, que foi vice-presidente do DCE da Universidade, foi homenageado com uma placa que ficará na Concha Acústica da UFC. Para o vice-reitor Henri Campos, “lá estava ecoando os ecos do Araguaia. Este painel será para sempre o símbolo material. É a nossa forma de eternizar a lembrança de Bergson dentro da nossa Universidade”.

O Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da  República, ressaltou o empenho do Senador Inácio Arruda e do Deputado Federal Chico Lopes para a realização das homenagens a Bergson no Ceará. “Esta é uma celebração de alegria, cheia de energia. Precisamos ter sempre em mente o exemplo deste bravo guerreiro para conseguirmos transformar liberdade em democracia”, afirmou. O ministro destacou ainda que o trabalho realizado em busca do resgate da história dos desaparecidos políticos tem grande valor. “Não estamos com revanchismo. Só queremos interromper este processo de silêncio”.

Ao final do dia, o corpo de Bergson Gurjão percorreu mais uma vez as ruas de Fortaleza, desta vez em direção ao cemitério Parque da Paz. Lá, depois de quase quatro décadas de espera, ele poderá descansar junto ao pai.

Também estiveram presentes durante as homenagens a Bergson Gurjão o Governador Cid Gomes, o Senador Inácio Arruda (PCdoB), o Deputado Federal Chico Lopes (PCdoB/CE), Daniel Almeida (Líder da bancada do PCdoB na Câmara), Aldo Arantes (Secretário do Meio Ambiente), Deputado Federal Pedro Wilson (PT/GO) e o Deputado Federal Luiz Couto (PT/PB).

Mais sobre Bergson Gurjão

Bergson era estudante de Química na Universidade Federal do Ceará (UFC), vice-presidente do DCE eleito em 1968. Foi preso no Congresso da UNE em Ibiúna e, em 1968, excluído da universidade com base no Decreto-lei 477.

Em 1968, no Ceará, foi gravemente ferido na cabeça quando participava de manifestação estudantil na Praça José de Alencar. Em 1969, foi residir na região de Caianos, onde continuou suas atividades políticas. Em 08 de maio de 1972, foi ferido e morto em combate nas selvas do Araguaia.

A ossada de Bergson foi localizada em 1996, numa escavação feita na região do Araguaia, mas apenas 13 longos anos depois foi confirmada sua identificação. O anúncio oficial sobre a confirmação dos restos mortais foi feito no dia 07 de julho deste ano pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República e pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.

Balanço da Caravana da Anistia

75 casos de perseguição política durante a ditadura militar foram julgados pela pela 28ª Caravana da Anistia, realizada pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, na Assembleia Legislativa do Ceará.

Outros quatros processos tiveram seus julgamentos adiados e um teve pedido de vistas do relator, conselheiro Virginius da Franca.

De todos, houve apenas um indeferimento, uma ratificação e três declarações sem remuneração. O restante recebeu indenizações.

De Fortaleza,
Carolina Campos

24 agosto 2009

"...Vida de rua quem vive não atua


levanto minha moral sem precisar ficar nua

verdade crua de quem vem de milha e milha

MV descendente também faço parte da família

fico na trilha filiada a quadrilha

caô de pela-saco vem debaixo não me humilha

eu não aturo patricinha

o pesadelo dessa vez passar batom e usar calcinha

meu pensamento ta expressado na minha fala

mas se eu ficar calada eu não serei canonizada

fechando com o lado amigo constantemente perigo

e mais a porrada de mina que eu sei que fecha comigo

não vacilo, meu rítmo é aquilo

desço do meu salto perco a classe mais não perco o brilho

feminina de acordo com o clima

subo o morro, desenrolo e desço com uma pá de mina

de atitude que não aceita a submissão

bate de frente e assume a situação

com a garra de Dandara

não vou deixar ninguém me amarrar

e dar tapa na minha cara

Vai ser dificil me calar..."

20 agosto 2009

Eu... caçadora de mim!!!

Às vezes não compreendo o que se passa dentro de mim...

Tipo... eu sei quem eu sou, do que eu gosto, sei dos meus sentimentos... mas... as vezes as pessoas ospõe à prova, sab?
Por exemplo quem sabe se eu gosto ou não de uma coisa sou eu certo? mas as pessoas me questionam do pq? pq vc axa q vc gosta disso, ou daquilo...????
Eu simplesmente sinto ué!!! Parem de me questionar! Não sou assim tão complicada oras...

27 abril 2009

JORNADA DE LUTAS DA UBES 15/04/09


As Flores da Revolução puxando o bonde:


LIVRE ACESSO A EDUCAÇÃO
LUTAR PARA AVANÇAR
A PALAVRA DE ORDEM É:
ABAIXO O VESTIBULAR!













22 de abril de 2009
Após longa espera Governo Federal convoca 1ª Conferência Nacional de Comunicação


Movimentos políticos e sociais vêem na primeira Confecom o salto necessário para os debates pela democratização dos meios de comunicação
O governo federal publicou na ultima sexta-feira (17), o decreto que convoca oficialmente a 1ª Conferência Nacional de Comunicação para os dias 1, 2 e 3 de dezembro. Movimentos políticos e sociais que a muito vêm debatendo a democratização dos meios de comunicação entendem que o decreto de convocação publicado no Diário Oficial é primeiro passo de uma luta contra a hegemonia dos conglomerados no setor que, sem dúvida, não medirão esforços para estorvar o rumo das discussões na Confecom.
A idéia de um debate aberto e democrático na sociedade sobre o papel dos meios de comunicação contemporiza desde o primeiro mandado do presidente Lula. Essa demora implica-se aos interesses preeminentes dos grandes veículos midiáticos relacionado a oscilação ilusória do Palácio do Planalto. O Brasil não conta com nenhum mecanismo legal para combater o monopólio ou o oligopólio do setor de telecomunicações. O combate à concentração da propriedade é chave para a democratização da comunicação no Brasil e garantia de pluralidade ideológica e cultural no espaço público midiático, garantindo a livre-circulação de idéias.
Para Diogo Moysés, representante do Coletivo Brasil de Comunicação Social, Intervozes, "o campo da comunicação vem mudando nos últimos anos, uma série de organizações políticas e sociais têm percebido que, cada vez mais, a comunicação é transversal e impacta na luta de todas outros direitos humanos. A conferência tem o objetivo primordial de tornar publico esse debate, escancarar um tema que sempre foi tratado a portas fechadas entre a mídia comercial e os governos de plantão. Além disso, queremos que as deliberações da Confecom apontem para uma mudança radical no quadro institucional das comunicações no Brasil. Não adianta apenas realizar um debate transparente e radicalizado. Precisamos também que o resultado faça com que a sociedade civil tenha elementos para cobrar os poderes públicos", ressaltou Diogo.
Segundo Fernando Paulino, pesquisador do LaPCom (Laboratório de Políticas de Comunicação), "este é um momento único de debates que envolve a sociedade para definir a políticas de comunicação. Diante da portaria que define a coordenação da conferência acho que é mais do que necessário o esforço em apresentar uma proposta consensual de metodologia do evento. Gostaríamos que o ambiente acadêmico e cientifico que não está representado na comissão organizadora participasse ativamente de todas da conferência e que consigamos estimular estudantes, professores, técnicos, etc, de todos os ensinos a participarem desta mobilização".
Para Luana Bonone, diretora de comunicação da UNE, "a Conferência é uma demanda antiga, não só das entidades estudantis, como também dar organizações políticas e sociais, o evento é um marco para o avanço dos debates sobre a democratização dos meios de comunicação e novas políticas públicas para o setor no país. Sabemos que iremos encontrar retenção dos grandes conglomerados midiáticos responsáveis pela criminalização dos movimentos sociais e que não possuem interesse nenhum na democratização dos meios".
De acordo com a presidente da UNE, Lúcia stumpf, "a UNE é uma entidade que sempre esteve ligada às causas democráticas e hoje, no Brasil, a luta pela democratização da mídia é essencial para aprofundar a democracia. A convocação da Conferência é uma reivindicação antiga dos movimentos sociais. Agora, o desafio é construir um amplo debate, envolver o maior número de pessoas possível para efetivamente transformar essa conferência num espaço de construção de políticas públicas para esse setor tão aparelhado pelas grandes corporações empresariais. A UNE e os estudantes brasileiros vão participar ativamente desse processo", afirmou Lúcia.
O principal ponto de discordância pelo movimento político e social está na comissão de organização que será dividido em três partes, com sete membros do governo, sete do empresariado e sete dos movimentos sociais, o que pode gerar distorções num processo democrático de debate na sociedade, visto que membros do governo são compostos por integrantes do Ministério da Comunicação que nunca se mostraram dispostos a democratizar o setor.
Confira a íntegra do decreto
O presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, decreta:
Art. 1º. Fica convocada a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), a se realizar de 1º a 3 dezembro de 2009, em Brasília, após concluídas as etapas regionais, sob a coordenação do Ministério das Comunicações, que desenvolverá os seus trabalhos com o tema: ‘Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital'.
Art. 2º. A 1ª Confecom será presidida pelo Ministro de Estado das Comunicações, ou por quem este indicar, e terá a participação de delegados representantes da sociedade civil, eleitos em conferências estaduais e distritais, e de delegados representantes do poder público.
Parágrafo único. O Ministro de Estado das Comunicações contará com a colaboração direta dos Ministros de Estado Chefes da Secretaria-Geral e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, na coordenação dos trabalhos para a realização da Conferência.
Art. 3º. O Ministro de Estado das Comunicações constituirá, mediante portaria, comissão organizadora com vistas à elaboração do regimento interno da 1ª Confecom, composta por representantes da sociedade e do poder público.
Parágrafo único. O regimento interno de que trata o caput disporá sobre a organização e o funcionamento da 1ª Confecom nas suas etapas municipal, estadual, distrital e nacional, inclusive sobre o processo democrático de escolha de seus delegados, e será editado mediante portaria do Ministro de Estado das Comunicações.
Art. 4º. As despesas com a realização da 1ª Confecom correrão por conta dos recursos orçamentários do Ministério das Comunicações.
Art. 5º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 16 de abril de 2009, 188º da Independência e 121º da República.
Luiz Inácio Lula da Silva e Hélio Costa

Eder Bruno

13 abril 2009

UNE e UBES apoiam fim do vestibular e cobram assistência estudantil



Seg, 06/04/09 17h37
A luta pelo fim do vestibular, travada pelas entidades estudantis e outras vinculadas à educação, ganhou novo impulso. UNE e UBES se opõem ao vestibular por considerá-lo elitista, uma barreira sócio econômica e injusto, posto que numa única oportunidade coloca em xeque o futuro do estudante. Os estudantes cobram uma avaliação única que avance na instituição de um sistema nacional. O MEC planeja que o ENEM seja a prova nacional, que valerá para todas as universidades federais que aderirem, e os estudantes poderão ingressar na universidade compatível com a classificação obtida.
Embora favorável ao fim do vestibular, Lúcia Syumpf, presidente da UNE, critica a forma como o ministério vem encaminhando as discussões. "O ministro não consultou as entidades e está construindo uma proposta ouvindo apenas os reitores", diz. "Concordamos com a prova única, pois isso ajuda na constituição de um sistema nacional de educação. Na nossa visão, o palco para a construção desse debate é a Conferência Nacional de Educação", completa."Acabar com o vestibular é uma luta dos estudantes, pois, além de ser socialmente excludente, colocar o futuro do estudante em uma única avaliação é injusto", considera Ismael Cardoso, presidente da UBES. A liderança secundarista salienta que, aos moldes como é realizado hoje, o vestibular condiciona todo o ensino médio, que acaba voltado a fazer o aluno passar no teste. "Terminar com o vestibular não é apenas acabar com a prova, mas mexer com a estrutura do ensino médio", avalia.Mais dinheiro para assistência estudantil Em reunião com o ministro Fernando Haddad, a UNE e a UBES cobraram a ampliação dos recursos destinados à assistência estudantil como pressuposto para a eficácia da medida. "Cobramos mais verbas para assistência estudantil, num contexto mais amplo, para jovens de baixa renda das universidades públicas e privadas, em reunião com o ministro. Com uma prova única, a necessidade aumenta ainda mais porque muitos estudantes deverão estudar fora de seus estados de origem, exigindo ampliação de moradias, restaurantes universitários, passe estudantis", segundo Lúcia."É uma medida que precisa, para dar certo, de investimentos em assitência, pois um aluno poderá entrar numa universidade de outro estado e isso exigirá recursos para mantê-lo", reforça Ismael.
De São Paulo,
Fernando Borgonovi
Última atualização ( Seg, 06/04/09 18h27 )

fonte: www.ujs.org.br
O último discurso
de “O Grande Ditador”

Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!

01 abril 2009

ESSA CRISE NÃO É NOSSA!



30 mil tomam as ruas de São Paulo em ato unificado contra a crise



Seg, 30/03/09 19h49


Cerca de trinta mil pessoas participaram da manifestação unificada dos movimentos sociais, nesta segunda feira, em São Paulo. O ato, que fez parte do dia internacional de manifestações contra a crise convocado no Fórum Social Mundial, teve como eixos principais a luta contra as demissões, pela redução dos juros, por mais investimentos públicos e a defesa dos direitos trabalhistas e sociais. Em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), os manifestantes exigiram a manutenção dos empregos e direitos trabalhistas. Depois, saíram em caminhada e protestaram em frente ao prédio do Banco Central, onde cobraram a rápida queda nas taxas de juros e a demissão de Henrique Meirelles, defensor dos interesses dos banqueiros e sabotador do desenvolvimento nacional.
A passeata ainda desceu a Rua da Consolação rumo à Bolsa de Valores (Bovespa), símbolo brasileiro da voracidade por lucros dos "mercados". No entanto, a polícia proibiu o trajeto, obrigando a marcha a terminar em frente ao Teatro Municipal. Tio Sam no xilindró
A irreverência da militância da União da Juventude Socialista mais uma vez fez sucesso e chamou a atenção dos manifestantes e da imprensa ao encenar a prisão do Tio Sam, "condenado a pagar pela crise".
A condenação do símbolo norte-americano é uma alusão ao fato de a crise capitalista ter como epicentro os EUA e como causa a ganância de seus especuladores. "A prisão do Tio Sam é a condenação simbólica do imperialismo. Eles [os imperialistas] são os causadores da crise, em razão da busca irracional de lucros cada vez maiores sem produzir nada, o que transformou a economia num grande cassino. Então, a juventude dá o recado: os EUA que paguem pela crise", disse Marcelo Gavião, presidente nacional da UJS.União para enfrentar a criseO tom da mobilização deste dia 30 de março na capital paulista foi a união dos movimentos sociais para o enfrentamento da crise. Em outros locais do país, manifestações com o mesmo caráter aconteceram.Participaram da organização da passeata todas as entidades centrais sindicais (CTB, CUT, CGTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central, UGT e Conlutas), as entidades estudantis UNE e UBES, o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra, movimentos de luta pela reforma urbana, organizações da luta feminista e antirracista, além de partidos políticos. O encerramento do ato demonstrou que as diferentes posições políticas das entidades não devem impedir a soma de esforços para barrar o que a crise traz de mais dramático: os efeitos nefastos para a vida do povo.


De São Paulo,Fernando Borgonovi


Congresso da UGES 2009


Congresso da UGES reúne 300 estudantes e elege militante da UJS como presidente da entidade


Qua, 01/07/09 10h29

Guarulhos (SP) amanheceu com clima de unidade e ousadia entre os estudantes no último sábado, dia 27. Nesta data foi realizado o congresso da entidade municipal dos estudantes secundaristas, a UGES (União Guarulhense dos Estudantes Secundaristas). Foram mais de 300 estudantes, sendo 180 delegados representates de 62 escolas da cidade.



Com grande representatividade, o congresso elegeu em chapa única a estudante Sabatha Fernandes como presidente da entidade. O movimento “Tenho algo a dizer”, liderado pela UJS e construído no dia a dia da mobilização do congresso, apresentou a necessidade de garantir aos estudantes guarulhenses o acesso a uma nova educação, com qualidade e de acordo com as necessidades do aluno.



As principais propostas aprovadas para o próximo período foram a luta pela conquista do passe-livre estudantil na cidade e a participação e construção da campanha da UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas) “Sou Mais Educação”, que pretende reunir amplos setores da sociedade em defesa da valorização da educação pública no estado.



Para o Presidente da UPES Arthur Herculano, que estava presente no congresso e participou de toda a campanha de construção, “o congresso mostrou a vitalidade do movimento estudantil de Guarulhos e abriu um período que com certeza trará muitas conquistas aos estudantes e à toda a cidade”.



Para Sabatha Fernandes “é hora dos estudantes tomarem as ruas de Guarulhos, mostrar nossa cara e nossa opinião, denunciar as mazelas do governo Serra e conquistar dias melhores para a educação pública”.



Após o congresso, os estudantes seguiram para o local onde acontecia a Conferência Municipal de Educação. Como maioria dos participantes do evento, aprovaram propostas do movimento estudantil da cidade e elegeram os delegados do seguimento para a Conferência Estadual.





Fonte: nossacarasp.blogspot.com

29 março 2009

I Encontro Feminino de HipHop Guarulhos



Após muito sangue e suor, ocorreu em 28 de março, o I Encontro Feminino de HipHop - Guarulhos.

Participaram(circulantes) cerca de 100 pessoas,homens e mulheres, travando a discussão sobre a questão da mulher na sociedade.

Formaram a mesa, Sábatha Fernandes, Diretora de HipHop da União da Juventude Socialista em Guarulhos, Dina Di, MC do Grupo Visão de Rua, Ana Flávia Marx, Diretora da UNE, e Olinda, do Fórum de HipHop e da Juventude Negra de Guarulhos e MC do grupo Traje Negriá.


12 fevereiro 2009

SERRA, NÃO!!!

Vemos constantemente, ele, o "Vampiro da Saúde", um dos responsáveis pelo estado da Saúde no país, durante o Governo FHC, aparecendo na TV contando vantagem sobre o q faz no estado de São Paulo.O governador José Serra, foi Ministro da Saúde no governo FHC, responsavel pelo fracasso do "Jornalzinho na escola", e por toda essa putaria q rola na educação... essa escola estilo prisão, q nos obriga a ficar dentro dela, sem q a gent queira e q ñ nos oferece nada de produtivo!Agora, ele aparece na TV, todos os dias com cara de bonzinho, dizendo q esta fazendo Revolução na educação, Revolução no trem... Aliás, enquanto seu comparsa Kassab promete ñ aumentar a passagem ele aumenta a intermunicipal...Ele num tah fazendo NADA! Sabemos bm disso, falsa realidade, enquanto o Brasil avança São Paulo retrocede!
NÃO PODEMOS DEIXAR Q ESSA REALIDADE VOLTE A REINAR EM TODO O BRASIL!!!

EM 2010, SERRA NÃO!